sábado, 31 de maio de 2014

Eurodeputado alemão já foi condenado por definir Hitler como "um grande homem"

Udo Voigt foi o único eleito pelo NPD, o partido de cariz neonazi alemão que Berlim quis banir no ano passado.

Aos 62 anos, Udo Voigt torna-se o primeiro alemão neonazi a entrar no Parlamento Europeu.

O partido NPD só teve 1% dos votos nas Europeias de domingo, mas conseguiu eleger um eurodeputado para a próxima legislatura em Estrasburgo.

Filho de um membro da divisão de assalto nazi, Voigt teve a base de formação em engenharia aeronáutica antes de decidir seguir ciência política. Entre 1996 e 2011 foi o líder do NPD, num período em que foi condenado (2004) por promover o nazismo depois de definir Hitler como um "grande homem".

Desde então é uma das vozes alemãs que exige a devolução dos territórios perdidos pela Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial e questiona o número de vítimas do Holocausto.

Em 2011, Voigt protagonizou mais um episódio polêmico: num cartaz surgiu sentado numa moto ao lado da frase "dá-lhe gás". Muitos interpretaram o cartaz como uma alusão aos milhões de mortos nas câmaras de gás até porque foram espalhados junto ao museu judeu de Berlim.

"Antidemocrático, xenófobo, antissemita e anticonstitucional" foram palavras usadas pelo porta-voz da chanceler Angela Merkel.

A câmara alta do parlamento alemão tentou banir, pela segunda vez numa década, o partido fundado em 1964, mas sem sucesso. O Tribunal Constitucional alemão travou essa intenção política e, mais tarde, até abriu a porta aos partidos mais pequenos ao retirar a fasquia dos 3% de votos para que pudessem ser eleitos. A fasquia continua a existir, no entanto, para as legislativas e até é mais elevada : 5%.

"A Europa está a ser inundada de povos estrangeiros", avisa o NPD, que durante a campanha apostou em cartazes a defender "Dinheiro para a pátria, em vez de Sinti e Roma".

Gisa Martinho (gisa.martinho@economico.pt)
27 Mai 2014

Fonte: Económico (Portugal)
http://economico.sapo.pt/noticias/eurodeputado-alemao-ja-foi-condenado-por-definir-hitler-como-um-grande-homem_194295.html

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sobre fakes

Já comentei sobre o problema de pessoas usando fakes pra discutir/comentar com "revis" aqui (confiram a tag trolls) e sinceramente não pretendo me estender mais sobre a questão, já saturou. Mas há um problema recorrente com esses fakes que é o fato deles atiçarem a paranoia de "revis" que automaticamente miram nos sites que são contrários a eles, tanto aqui como o site do Daniel (A Vida No Front) acabam sendo visados pelo ato tresloucado dessas pessoas. Digamos que ninguém gostou muito da "brincadeira".

Alguns anos atrás chegou mensagem anônima no blog, quando foi deixado (como teste) a opção de comentários anônimos, que removi justamente pra cortar o mau uso de gente que não se identifica e fica postando denúncia e ataques pra sobrar o problema pra gente, e essa mensagem anônima sugeria que o Leo comentasse em um fórum "revi" pois só havia "dois judeus" "se defendendo" (sic) e devaneios do tipo. Pode ser dessa pessoa ou de outra, mas é de gente que circula nesses fóruns.

Houve também uma mensagem usando o nome do Leo num site "revi" que eu reportei a ele, e conforme ele confirmou, não foi ele que comentou. De cara dava pra notar que não é a forma dele comentar, mas é palhaçada fazerem isso. Sempre fica a suspeita de ser o mesmo perfil que deixa essas mensagens nesses fóruns com fakes de "Mascate", "Zico" "Arthur", "Sionista" etc e foi deixar esse "presente" pra que terceiros levem a culpa ou sejam xingados.

O perfil em questão não judeu é, é evangélico.

Mas voltando a parte mais acima, sobre o comentário "se defender". Essas pessoas têm que se defender de quê? Cometeram algum crime? "Ah, é dos ataques antissemitas...", Ok., mas essas pessoas não conseguem mandar um "revi" 'pastar' sozinhos? Ficam recebendo insultos por masoquismo? Se você gostar de receber insultos é porque é masoquista. É maluquice isso.

Alguém acha mesmo que vai mudar opinião de fanático via 'argumentação'? É maluquice crer nisso também. Não consigo entender essa postura, é postura de gente sem noção. É algo tão óbvio que não precisaria nem ser comentado.

Digo isso usando o RODOH como parâmetro. O RODOH é um fórum estrangeiro (dos EUA) de discussão sobre Holocausto, com "revis" dentro do fórum e não vejo esse chilique por lá, rola atrito em quase todo tópico (inevitável), e há ou havia membros judeus no fórum, a maioria dos Estados Unidos (boa parte do fórum é de membros dos EUA), e não lembro de ver chiliques deles por lá com "ó, um "revi" me xingou, ui!".

E não quer dizer que a discussão no RODOH seja amena, é que eles não ficam afetados com qualquer cretinice ou ataque que leem, porque se forem levar cada insanidade a sério vão surtar. Isso serve pra qualquer pessoa.

A expressão "se defender" continua errada porque passa a impressão de aceitação de "culpa" (de que cometeu algum erro) e vitimismo, algo a ser rechaçado. Eu não gosto desse tom vitimista em discussão, e não irei adotar esse tom porque alguém adota isso ou se sente diminuído ao discutir com esses bandos.

Mas alguns fatos podem ser destacados pra mostrar que quem entra nesses fóruns não deveria reclamar de ter entrado:
1. Ninguém foi forçado a entrar nesses fóruns/blogs pra discutir, quem foi, foi por livre e espontânea vontade. Não apontaram uma arma na cabeça de ninguém pra entrar, entraram porque quiseram.

2. Se alguém entra (vai discutir de forma virulenta com eles), então obviamente aguente o tranco. É algo bem óbvio, se você já chega "solando" quem recebeu geralmente vai revidar. Se não aguentam (não têm cabeça pra discutir com esse tipo de fanático, pois fascistas são fanáticos e não irão mudar de postura com discussão), pra que vão? Deem meia volta. Não tem sentido reclamar por terem entrado nesses fóruns, sabem de antemão o que vão encontrar nisso, o CODOH é um fórum "revi" estrangeiro aberto e dá pra ter uma ideia bem clara do que é postado nesse tipo de fórum.

3. Algo bastante relevante: não queiram bancar o "herói". Isso é uma postura estúpida e inconsequente, porque ao fazerem isso vocês estão atiçando o pessoal mais tresloucado (extremado, sem cabeça), que lê essas discussões, a fazerem besteira nas ruas pra extravasar a raiva irracional que sentem. Há neofascistas que saem agredindo pessoas nas ruas pra posar de "macho" (valente), vez por outra surge notícia de neofascistas agredindo gente na rua de forma grave pois algo acaba estimulando os ataques, pode ser uma mensagem qualquer que ativa isso. Não queiram ser cúmplices das sandices desses caras por estimularem o ódio deles.

4. Não se discute em fóruns levando discussões pro lado pessoal, por mais asquerosa que sejam as "ideias" dessas pessoas. Vocês não irão "mudar o mundo" levando toda ofensa pro lado pessoal. E isso não é uma postura de "Pollyana", é que ninguém em sã consciência irá "pirar" porque meia dúzia de imbecis escrevem asneiras e preconceitos
Ninguém aqui tem medo de discutir com "revis", só que esse assunto ou essas brigas alheias sem nexo saturaram, é um fato. No Brasil o nível de agressividade verbal é muito maior que fora, apesar dos estragos serem ainda menores (rola mais tiroteio de extremistas de direita fora do que internamente, ainda...). Só que não iremos levar a culpa dos atos de gente usando fakes pra atacar deliberadamente terceiros de forma aleatória achando que outras pessoas irão levar a culpa. Quem usa esse artifício sabe da paranoia deles, não pensem que a gente não percebe.

Como citei acima, um fake recorrente é um que usa o nick de "Zico, "Arthur", "Mascate" e sei lá quantos nicks, é figura recorrente nesses sites "revis", mas comenta sempre do mesmo jeito. O nick "Arthur" "Zico" etc é obviamente uma referência aquele clube da Gávea (bairro da cidade do Rio de Janeiro), pois Zico se chama Arthur Antunes Coimbra, e tem um "Nunes" também no meio, referências a jogadores, palhaçada sem tamanho. Quem acompanha futebol sabe da questão dos nomes dos jogadores.

Sendo torcedor deste clube, rubro-negro de origem (desde a fundação do clube) ao contrário do genérico carioca que deveria voltar a usar suas cores originais (azul e amarelo, fica bem melhor assim, rs), a última coisa que eu escolheria pra nick seria nome de jogador dessa coisa aí bancada pela Rede Globo. Pra quem acompanha futebol sabe do porquê dessa animosidade entre os clubes, digamos que não rola um "carinho" muito 'bom' entre essas torcidas, fora os bairrismos de parte à parte.

O perfil fake é do Ceará, inclusive já deixou link de blog nesses sites e os "revis" sequer olharam, ou se viram não quiseram comentar pra manter o "perfil interlocutor" da pessoa pro circo da "discussão" prosseguir. Até porque se ninguém comenta, eles só ficam "discutindo" entre eles e sempre a mesma repetição.

Mas enfim, se querem discutir, fiquem à vontade, ninguém aqui jamais impediu ou impedirá alguém de discutir o que quiser. Agora, não nos coloquem no meio dessas palhaçadas e discussões alheias. Se querem se digladiar, vão em frente, mas assumam o que comentam.

Como comentei no post da Copa, não acho que haverá post nesse período, então fica dado o aviso que eu acho que é o último sobre essa questão. Eu não quis apontar diretamente o problema antes pois achava que pudesse haver bom senso dessas pessoas e pararem com isso, mas pelo visto isso não rola e paciência também se esgota. Não é pelo fato de sermos contra o negacionismo do Holocausto (negação do Holocausto, vulgo "revisionismo") que concordamos com a atitude de outras pessoas que também são contra, e não somos obrigados a concordar.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Museu de Auschwitz no Pinterest

Pra quem não conhece, o Pinterest é uma rede social de fotos, só que ao contrário de outras redes (onde se publica tudo, desde algo que preste a idiotices, que é o que mais abunda), ela pode servir como um banco de fotos temático sobre eventos históricos. É este o uso dado por esses museus.

Não sei o volume de fotos disponibilizadas por esses museus nela, mas vale a pena conferir. O link da conta do Museu de Auschwitz na Polônia é esse:
http://www.pinterest.com/auschwitzmuseum/

A conta do museu de Auschwitz no Twitter: https://twitter.com/AuschwitzMuseum

Há contas de outros museus no Pinterest (http://www.pinterest.com/explore/holocaust-museum/) como a do Yad Vashem:
http://www.pinterest.com/yadvashem/

Ou a do USHMM: http://www.pinterest.com/lanirosemarie/holocaust-memorial-museum-in-washington-dc/

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Movimento Revolucionário Conservador alemão, precursor do nazismo

Tradução do verbete da Wikipedia sobre Movimento Revolucionário Conservador (na Alemanha), já que não existe o verbete em português. Comento o assunto depois da tradução.

Movimento Revolucionário Conservador

O Movimento Revolucionário Conservador (Konservative Revolution em alemão) foi um movimento do conservadorismo nacionalista alemão nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial. A escola de pensamento revolucionário conservador advogou por um conservadorismo e nacionalismo "novo", que fosse especificamente alemão, ou, mais especificamente, prussiano. Igual a outros movimentos conservadores no mesmo período, tratavam de pôr fim à crescente maré do comunismo ou da democracia, propondo sua versão de "socialismo conservador" baseado no "cristianismo aplicado" ou "socialismo de estado" bismarckiano (ver Estado social).

Os revolucionários conservadores basearam suas ideias sobre uma concepção orgânica da sociedade, no lugar da materialista, na qualidade e não na quantidade, sobre o “Volksgemeinschaft” ("comunidade popular”- ver Völkisch) no lugar da luta de classes e da oclocracia. Os ideólogos da escola produziram uma profusão de literatura nacionalista radical que consistiu em diários e obras de ficção de guerra, jornalismo político, manifestos e tratados filosóficos esboçando suas ideias para a transformação da vida cultural e política alemã. Influenciados pelas visões de Oswald Spengler, sentiam-se indignados com o liberalismo; o igualitarismo e a cultura comercial da civilização industrial, urbana, advogando consequentemente pela destruição da democracia e da ordem liberal, pela força se fosse necessário, razão pela qual alguns membros desta escola apoiavam a criação de um Terceiro Reich Alemão - termo que foi, junto a outros da escola, posteriormente utilizado por Hitler, ver Terceiro Reich. O movimento teve grande influência entre muitos dos jovens mais talentosos da Alemanha, setores acadêmicos, da aristocracia e altos setores da classe média (basicamente a classe dos Junkers).

Os revolucionários conservadores, muitos deles nascidos na última década do século XIX, foram basicamente formados por suas experiências da Primeira Guerra Mundial. A guerra e a Revolução alemã de 1918-1919 eram pra eles uma ruptura com o passado, que os deixou muito desiludidos. Primeiramente, a experiência dos horrores da guerra de trincheiras, a suciedad, a fome, a obliteração e o reemplazo do heroísmo com o esforço para se manter com vida em um campo de batalha de mortes pelo azar. Tiveram também - depois da guerra - que se deparar com o desemprego, sentimento de derrota, acusações de atrocidades durante a mesma guerra e a Dolchstoßlegende ("lenda da punhalada pelas costas", de acordo com o qual haviam sido traídos por seus compatriotas). Chegam assim a sentir que não havia sentido nessa guerra, ou mesmo na vida, que eles eram "como uma marionete que têm que dançar para o entretenimento dos espíritos demoníacos do mal". Atraídos por ideias niilistas buscam recriar a "camaradagem de soldados de primeira linha", dando assim um sentido a suas experiências.

O termo "Revolução Conservadora" é anterior à Primeira Guerra mundial, mas a influência de escritores tais como Ernst Von Salomon e Ernst Jünger e os teóricos políticos Carl Schmitt e Edgar Julius Jung foram instrumentais em sua transformação pra um movimento político reconhecido durante a República de Weimar, expressando-se através de figuras do estabelecimento político legal tais como Ernst Forsthoff, Kurt von Schleicher e Franz von Papen.

No âmbito político administrativo, Ernst Forsthoff postula - a partir do começo da República de Weimar - dizia que a solução dos problemas alemães está em uma nova forma de organizar o Estado, no qual os indivíduos esteham subordinados ao "Estado absoluto" ou ao “Volk”, sob a direção de um "Líder" ou Führer.1

Julius Jung - a quem se inspirou no fascismo - promoveu uma versão da nação como uma entidade ecológica singular; atacando o individualismo enquanto promovia o militarismo e a guerra, propondo a "mobilização total" dos recursos humanos e industriais a fim de fomentar a capacidade produtiva da "modernidade" - conceito similar ao "futurismo" o fascismo italiano. Para Julius Jung, o objetivo dos conservadores revolucionários deve ser uma ditadura, com a intenção de "despolitizar as massas e exclui-las da direção do Estado".

Schmitt, por sua parte, chegou a ser percebido como o principal ideólogo político do conservadorismo radical, extremado ou reacionário atual, percepção baseada em uma crítica profunda da democracia, do liberalismo e de concepções igualitárias, critica que é ignorada sob o risco de permitir seu reflorescimento. Schmitt se apresenta como defensor de visões cristãs do corpo político, promovendo uma visão da função do Estado como sendo a identificação e luta contra ou pela repressão do "inimigo", seja externo ou, especialmente, o interno (e afirmando que no caso concreto da Alemanha, o inimigo interno e externo é o judeu). Schmitt e seus admiradores afirmam que ele se manteve alejado do nacional-socialismo. Mas cabe notar que foi membro do Partido Nacional-Socialista a partir de 1932, que em 1934 justificou os assassinatos da noite dos longos punhais como a "forma mais alta do direito administrativo" e que sua crítica ao nacional-socialismo não foi tanto por seu caráter antidemocrático ou imoral, senão de que este era por demais vulgar.

Depois de 1933 alguns dos proponentes do movimento revolucionário conservador foram vigiados, reprimidos e enviados para campos de concentração pelos nacional-socialistas, principalmente pela SS de Himmler, um caso representativo é o de Ernst von Salomon, perseguido por ter uma esposa de origem judia. Alguns conservadores revolucionários apoiaram a ditadura, haviam promovido e estavam contentes com a supressão da democracia, contudo criticavam e se opunham a aspectos mais "progressistas" do nacional-socialismo, outros simplesmente nunca apoiaram o regime nacional-socialista nem seus meios, por exemplo Ernst Niekisch ou Von Salomon. Assim, por exemplo, Julius Jung - a quem escrevia os discursos de von Papen - denunciava o "liberalismo e democratismo" dos nacional-socialistas, e organizou uma conspiração a fim de derrocar o regime de Hitler, pelo qual foi assassinado - junto com von Schleicher - na noite dos longos punhais.

Outros membros e personagens próximos ao movimento revolucionário conservador se hundieron no anonimato, alguns - tais como Schmitt e Konstantin von Neurath - ingressaram no Partido Nacional-Socialista ou - como von Papen e Forsthoff - foram perseguidos por Hitler, outros como Niekisch foram enviados para campos de concentração. Alguns outros - como Junger - permaneceram ou se reintegraram ao Reichswehr e mais tarde à Wehrmacht, onde, posteriormente, conspiraram nos níveis inferiores do fracassado atentado de 20 de julho de 1944, para assassinar Hitler por meio de uma bomba.

Posteriormente, o movimento foi muito criticado por ter sido fundamental para a criação de uma cultura política ou zeitgeist que contribuiu para a difusão das ideias que facilitaram o aparecimento e aceitação das ideias políticas do nacional-socialismo. Contudo, alguns de seus membros e as percepções continuaram tendo influência, não só na Alemanha do pós-guerra,como nos desenvolvimentos políticos inclusive na atualidade em outros países.

Bibliografia:

1. Travers, Martin (2001). Critics of Modernity: The Literature of the Conservative Revolution in Germany, 1890-1933. Peter Lang Publishing. ISBN 0-8204-4927-X.
2. Herf, Jeffrey (2002). Reactionary Modernism: Technology, Culture, and Politics in Weimar and the Third Reich (reprint edition ed.). Cambridge University Press. ISBN 0-521-33833-6.
3. Stern, Fritz (1974). The Politics of Cultural Despair: A Study in the Rise of the Germanic Ideology (New Ed edition ed.). University of California Press. ISBN 0-520-02626-8.
4. Woods, Roger (1996). The Conservative Revolution in the Weimar Republic. St. Martin’s Press. p. 29. ISBN 0-333-65014-X.

Fonte: verbetes da Wikipedia em inglês e espanhol
http://es.wikipedia.org/wiki/Movimiento_Revolucionario_Conservador
http://en.wikipedia.org/wiki/Conservative_Revolutionary_movement
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: no Brasil, acho que quem acompanha política ou esses assuntos (segunda guerra etc) já viu alguma pregação com negação de que conservadores não fazem revolução ou afirmações bizarras sobre "nazismo de esquerda", sem base histórica alguma, com discussões no mínimo pueris (infantis), pra não chamar de discussão idiota.

Os grupos que pregam e defendem essas posições também podem ser rotulados como de extrema-direita, em geral são conhecidos como "libertários" ou radicais de direita liberal, no Brasil costumam ser chamados mais popularmente de "neoliberais", um outro tipo de extrema-direita (a princípio não-fascista), mas que acaba servindo aos propósitos de grupos fascistas em virtude da forte paranoia "anticomunista" (ou do que eles entendem por isso), comportamento autoritário (intolerante com divergências), "absolutista" (só a forma como virem o mundo é correta e sempre impositiva), além de fazerem um forte macartismo e outros radicalismos do tipo, como negação da história, distorções etc.

Quando a gente mostra o porquê da classificação e de certas afirmações desses grupos não terem fundamentos, as respostas quase sempre são agressões, geralmente porque as pessoas que defendem essas bobagens (e se enquadram nestes grupos radicais) o fazem sem senso crítico algum, ou também por estarem fazendo panfletagem política, ou por possuírem um conhecimento precário sobre segunda guerra (e fé cega em textos enviesados). E costumam ficar por aí, na leitura rasa mesmo ou enviesada, não vão muito além disso (não leem outras coisas). Ou se apresentam como as três coisas juntas, daí a fúria quando são "contrariados".

A quem quiser dar uma conferida, chequem os links: Políticas da extrema-direita (economia); The Revival of Right Wing Extremism in the Nineties (sobre o grupo rotulado como "Libertários" de direita, um grupo neoliberal radical que atua fortemente na web, e bastante no espaço brasileiro). Destaque pra figura do libertário (neoliberal radical) Hans-Hermann Hoppe (link2), que anda sempre acompanhado de neonazis (como já apontado no link anterior). São esses grupos que atacam a origem do nazismo (distorcendo) negando que seja uma ideologia de direita (um dos fascismos) pra fazer panfletagem política e demonização de quem se opõem ideologicamente a esse tipo de grupo radical.

Eu sempre digo que se você quiser ver grupos fascistas/nazistas ascenderem politicamente em um país, basta deixar este radicalismo liberal atuar com toda força (Laissez-faire). Isso abrirá fatalmente caminho pros fascistas/nazistas com os efeitos colaterais que as medidas ultraliberais desses grupos provocam na economia. É só olhar pra situação política da Europa atualmente. É fruto disso.

O Brasil já sofreu com esse problema nos anos 90, década que o país atravessou uma crise profunda econômica. A própria ascensão do nazifascismo na Europa no século passado é decorrente deste tipo de política radical liberal e inconsequente desses grupos.

Queria deixar isso registrado pois já me deparei com gente defendendo esse tipo de bobagem no Orkut e até aqui mesmo no blog, mas o que mais me irrita nessas pessoas é o alto grau de desonestidade intelectual debatendo esses assuntos sobre segunda guerra, pois não conseguem deixar o tom de pregação de lado e analisar de forma correta fatos do passado pra tentar compreender o presente. Eu costumo chamá-los de PSTU de direita, pelo radicalismo e total alienação dos efeitos do que eles defendem provocam. Se uma pessoa já parte do princípio que está numa missão de "evangelizar" (doutrinar a ferro e fogo, que eu costumo chamar de "catequizar", pejorativamente), já fica por terra qualquer discussão.

Mas voltando ao assunto, não deu por exemplo pra fazer um post sobre o René Rémond, historiador francês, que teoriza sobre as três direitas na França (que serve como parâmetro pra países com o mesmo tipo de divisão política europeia), que aborda toda essa questão do fascismo e da direita. Deem uma lida neste link sobre ele, pra ter uma ideia de quem é. E neste outro La thèse des trois droites (A tese das três direitas) do que citei sobre ele. E antes que venha algum maluco mais exaltado encher o saco ("o cara era de esquerda" bla bla bla "por isso que fez essa classificação"), o René Rémond (já falecido) era de direita e conservador. Só que não era lunático e desonesto como certa direita brasileira é (ou setores, aí vai do entendimento de cada um) e que fica distorcendo história pra fazer panfletagem política.

Não seria importante citar estes fatos se eu discutisse (geralmente) com gente moderada, normal, não-fanática, não-paranoica e intelectualmente honesta, mas quem costuma se exaltar com esses esclarecimentos sobre a direita não costuma se enquadrar neste perfil "moderado". E não estou me referindo propriamente aos "revis", o problema é mais amplo (vai além deles). Há muita gente conservadora no Brasil que não é "revi" que tem uma dificuldade ou sectarismo fora do comum pra discutir qualquer assunto político e histórico sem apelar pra essa retórica panfletária ou esse tom de "pregação". Só pra constar, o Joachim Fest, historiador alemão, também era de direita e conservador e tratava esses assuntos da forma como estou citando. E vários outros.

Essas pregações que citei no começo são algo tão raso que chega a ser irritante comentar o assunto, mas a maioria das discussões que travei aqui havia um componente do que citei acima. Esse pessoal só lê bobagem na internet (e pior que ler é sair repetindo como papagaio sem querer ler algo mais sério), principalmente sobre segunda guerra e nazismo. Há muito material panfletário espalhado na web, incluindo obviamente aqueles com negação do Holocausto.

Não seria necessário esclarecer ou comentar essas coisas se o povo lesse mais livros sérios de História sobre segunda guerra, só que a maioria não lê, mas adora encher o saco e se irrita quando é contestado (não sabem discutir). Mas também cabe uma crítica ao pessoal do campo democrático e o de esquerda  nessa questão, pois se fizessem um contraponto sério a esse tipo de pregação, sem apelar praquelas provocações baratas ou discussão infantil que pipocavam principalmente no Orkut, anulariam ou atenuariam esse tipo de pregação idiota. Mas a maioria não o faz, e depois reclamam do crescimento do extremismo no país. Por falar em Orkut (uma rede social do Google), foi de lá que saiu (e/ou se proliferou) esse amontoado de porcaria negacionista de todo tipo e demais bizarrices políticas.

Noutro post veio gente discutir ou negar essas questões como se a direita (o que se entende por esse campo político) nunca tivesse defendido ditaduras, feito ditaduras, regimes autoritários, estatais etc, ignorando o fato de que o que se entende por direita ou esquerda não é um bloco sólido e sim espaços onde se concentram forças políticas de várias tendências (ideologias).

Essa informação parece banal? E é, pra gente com um mínimo de entendimento político e seriedade, mas quando fui comentar esses pontos a resposta, pra variar, foi a pior possível, isso quando não distorcem e partem pro xingamento.

Existe a direita democrática mas também existe a direita autoritária representada em geral por grupos fascistas e outros grupos autoritários profundamente reacionários e contrários, não só ao que entendem como esquerda, como também à democracia e ao liberalismo (este último uma doutrina política mais facilmente associável aos Estados Unidos e Inglaterra). Num país (o Brasil) que passou por duas ditaduras de direita (no século XX) com duração total de 36 anos (somando as duas), com uma cultura democrática frágil, há que se ter cuidado redobrado com o problema.

Só pra constar, a Revolução Iraniana de 1979 é uma revolução conservadora, de direita. O que torna essa questão bizarra quando alguns grupos de esquerda (por falta de leitura e informação) no Brasil exaltam esse tipo de regime sem levar em conta a natureza política do mesmo pois houve 'expurgos' na revolução iraniana de grupos de esquerda. A quem quiser checar deixo até alguns links pra facilitar (não vou me aprofundar no assunto, isto é só uma informação pra mostrar o grau de desconhecimento do brasileiro em geral, mesmo os ditos politizados, sobre essas questões):
Opposition groups and organizations
Tudeh Party of Iran Link2
Islamism and the left in the Iranian revolution
Iran: The Rise and Fall of the Tudeh Party

Pode haver aproximação de governos politicamente contraditórios por algum interesse externo em comum, é o que ocorre com algumas alianças do Irã, mas não confundir essas alianças externas com maquear o reacionarismo religioso do regime iraniano, que tanto a direita e esquerda brasileiras adoram deixar de lado. O termo exaltar que empreguei é diferente de, por exemplo, ser contrário a ataques militares (eu sou contra) a esse país por outras "razões", geralmente difundidas (defendidas) na mídia. Indo direto ao assunto, refiro-me ao atrito Israel-Irã no Oriente Médio.

Por encerrar o comentário, cheguei a esse assunto do Movimento Revolucionário Conservador alemão procurando questões referentes a tal Terceira Posição (que eu chamo de "fascismo por outro nome"), Nazbol e o Dugin que ainda serão citados aqui, embora lembre vagamente do assunto relativo a esse movimento conservador alemão. São questões pouco abordadas, o período político na Alemanha que vai de 1917 até a ascensão do nazismo (quando Hitler sobe ao poder), principalmente a turbulenta e cambaleante República de Weimar.

domingo, 25 de maio de 2014

Segurança máxima em Bruxelas devido a ataque que fez quatro mortos no Museu Judaico

Na Bélgica há este domingo três eleições: europeias, regionais e municipais.
Agentes na cena do crime no sábado em Bruxelas Nicolas MaeterlinckK/AFP
A segurança em Bruxelas, a capital belga, foi reforçada e as forças policiais colocadas em alerta máximo neste domingo de eleições devido ao ataque antissemita de sábado no Museu Judaico, em que morreram quatro pessoas - o ferido grave morreu este domingo.

O ataque ocorreu por volta das 14h50 (hora de Lisboa) de sábado e matou duas mulheres e um homem. Duas das vítimas mortais eram um casal israelita com cerca de 50 anos que tinha vindo de Tel Aviv.

“O nosso país e todos os belgas, independentemente da língua, origem ou crença, estão unidos contra este ataque odioso a um centro da cultura judaica”, disse no sábado o primeiro-ministro Elio Di Rupo, citado pela AFP. O primeiro-ministro garantiu que todos os recursos de que a Bélgica dispõe serão utilizados para encontrar os responsáveis pelo crime. As ruas à volta do museu foram fechadas.

No sábado, a polícia chegou a deter um indivíduo que saiu do museu pouco depois do tiroteio, que acabou depois por libertar e é agora uma testemunha. Há outras testemunhas que dizem terem visto duas pessoas a saírem de um carro estacionado junto do museu. Depois, um atirador começou a disparar. As câmaras de videovigilância mostram ainda uma pessoa a sair a pé do museu.

O vice-primeiro-ministro belga, Didier Reynders, chegou ao museu pouco depois do tiroteio. “Não se consegue deixar de pensar que foi um acto anti-semita, mas a investigação é vai revelar se foi ou não”, declarou, citado pelo jornal britânico The Guardian.

Mais tarde, no Twitter, disse ainda: “Estou chocado com os crimes cometidos no Museu Judaico, estou a pensar nas vítimas que vi e nas suas famílias.” Reações de repúdio ao sucedido vieram ainda de Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia e do Presidente francês François Hollande.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse, num comunicado, que estes crimes são “o resultado de um incitamento sem fim contra os judeus e o seu Estado”. Há uma comunidade de 42.000 judeus na Bélgica, metade em Bruxelas.

Os líderes da comunidade judaica fizeram paralelos entre este crime e o assassínio de quatro judeus numa escola francesa, em 2012, levado a cabo por Mohamed Merah, um atirador inspirado pela Al-Qaeda. “Isto faz realmente lembrar o que a França viveu quando o senhor Merah atacou uma escola judaica”, disse Maurice Sosnowski, presidente do Comitê Coordenador das Organizações Judaicas Belgas, citado pela Reuters. “É apavorante. Nunca imaginaria algo do gênero a acontecer em Bruxelas”.

PÚBLICO. 25/05/2014 - 10:47
(atualizado às 16:18)

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/quarta-vitima-do-tiroteio-de-bruxelas-em-estado-extremamente-critico-1637384

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Caso Misha Defonseca. Mulher que inventou memórias do Holocausto condenada a devolver mais de 22 milhões de dólares

Trata-se da autora do livro "Misha: uma memória dos anos do Holocausto", que conta a história de uma garota judia que foi criada por uma manada de lobos e matou um soldado nazi durante a Segunda Guerra Mundial.

Um tribunal de apelação de Massachusetts (noroeste dos Estados Unidos) ordenou à autora de uma autobiografia sobre o Holocausto que se converteu em bestseller mundial a devolver 22,5 milhões de dólares a seu editor, após a mulher admitir que inventou a história.

Trata-se da escritora belga residente nos Estados Unidos, Misha Defonseca, autora do livro "Misha: uma memória dos anos do Holocausto", publicado em 1997 e no qual conta a história de uma garota judia que, entre outras coisas, foi criada por uma manada de lobos e matou um soldado nazi na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A sentença do tribunal de apelações de Massachusetts foi emitido no último 29 de abril e leva a assinatura do magistrado Marc Kantrowicz, segundo uma cópia publicada na Courthouse News Service.

A autobiografia de Defonseca havia se convertido de maneira instantânea num sucesso na Europa e foi traduzida para vários idiomas, dando origem além disso a um filme "Sobrevivendo com lobos" (2007).

Contudo, em fevereiro de 2008 Defonseca, cujo verdadeiro nome é Monique de Wael, admitiu que muitas das coisas escritas eram falsas, começando pelo fato de que não era judia senão católica e que nunca abandonou sua casa na Bélgica durante a guerra, ainda que se amparou assegurando que foi seu modo de sobreviver à tragédia experimentada.

"Este livro, esta história, é minha. Não é a realidade real, mas foi minha realidade, minha maneira de sobreviver", havia dito em 2008.

A saga judicial nos Estados Unidos começou com uma apresentação da própria Defonseca e uma pessoa que deveria ajudá-la a escrever a versão em inglês, Vera Lee, a quem denunciaram à editora Mt. Ivy Press L.P. por não cumprimento de contrato.

Uma primeira sentença favorável a Defonseca e Lee outorgou 22,5 milhões de dólares à belga e 9,9 milhões a Lee.

Depois da apelação a editora, o caso passou para segunda instância, onde se reverteu a sentença a favor de Defonseca declarando sua nulidade.

A escritora belga recorreu por sua vez desta sentença ante o tribunal de apelações, que resolveu manter a decisão de anular a primeira sentença.

"O presente caso é único. A falsidade da história não tem discussão", indicou o juiz Kantrowitz em sua ordem de 29 de abril.

"Não opinamos sobre se é 'razoável' a crença de Defonseca na veracidade de sua história", precisou o juiz ,alegando contudo que "a introdução da prova dos fatos atuais de sua história no processo poderia haver feito uma diferença significava nas deliberações do júri".

"Esperamos que a saga tenha chegado a um final", conclui a sentença de nove páginas.

Fonte: Latercera (Espanha)
http://www.latercera.com/noticia/mundo/2014/05/678-577791-9-mujer-que-invento-memorias-del-holocausto-condenada-a-devolver-mas-de-us-22.shtml
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: eu havia pensado que era a mesma notícia antiga quando saiu esse caso antes, mas notícia é nova, recente, sobre a penalização dela, notícia que não foi possível colocar na época. Houve também outro caso conhecido de fraude que repercutiu na imprensa, confiram no link (Livro que conta história falsa sobre o Holocausto causa polêmica nos EUA).

Li que no post do link acima tem um texto da Lipstadt (historiadora), como link, onde ela fala do problema que esse tipo de relato falso provoca, afirmando que é mais danoso que os próprios "revisionistas", no que concordo com ela.

Impressiona que esse livro ainda está sendo vendido na Amazon sem qualquer problema ou aviso de que se trata de uma fraude, aliás, a Amazon também vende livros negacionistas e outras porcarias do tipo, com pessoas atenuando a má conduta dessa pessoa ao invés de rechaçar. Qual é o imbecil que dá cinco estrelas a uma fraude? Ocorreu o mesmo com o livro do Rosenblat (link acima).

Esse é o outro lado do problema que o filossemitismo causa (eu abordei o problema aqui), pois o relato dela já soa como mentiroso pois parece adaptação da história de Mogli, o menino lobo (saiu como animação e filme). Uma pessoa não seria criada por lobos no meio de uma guerra, não sei como essas editoras não pedem uma perícia (análise de algum historiador etc) antes de publicar esse tipo de livro, evitaria coisas como o caso descrito acima.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Copa do Mundo no Brasil, post pro pessoal que reside fora do Brasil (estrangeiros) sobre o evento. Para entender o "caos" proclamado na mídia estrangeira e brasileira

Este post vai pro pessoal de fora que lê português (os estrangeiros), que acessam o blog, e que por acaso desconheçam certas divisões políticas do Brasil, pra passarem a saber do que se passa internamente uma vez que nenhum site de notícias de fora irá comentar adequadamente pra vocês o que será detalhado aqui. Vocês provavelmente irão esbarrar em muita matéria negativa atacando pesado o país, muito em breve a não ser que a mídia mude de "postura", coisa que duvido que ocorra.

domingo, 18 de maio de 2014

As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"

Pra não comentar e espichar o outro post "Os verdadeiros sentimentos de Germar Rudolf sobre os judeus", vou colocar os comentários às afirmações esdrúxulas dele neste post, por partes. Seguem abaixo os comentários. Mas deixarei aqui o link do post sobre o que penso sobre alguns conflitos do Oriente Médio e a própria região, pra evitar que aquele pessoal fissurado em Oriente Médio venha encher o saco porque idealizam e idolatram algumas países e regiões do planeta (este comentário é totalmente direcionado a brasileiros mesmo).

Primeiro trecho:
Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso.
Aqui ele confirma suas crenças em textos antissemitas como os Protocolos dos Sábios de Sião que traz essa versão de "poder judaico global" e é uma das bases do antissemitismo moderno. 90% dos "revis" (pra não dizer 100%) acreditam nisso e é uma das razões pra defesa fanática deles do negacionismo como forma de atacar judeus, que na visão dele são inimigos mortais.

Segundo trecho:
O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso.
Rudolf diz que judeus extorquem a Alemanha por conta de indenizações feitas por conta do Holocausto. O Rudolf não leva em conta algumas questões antes de fazer esta afirmação. Dinheiro algum paga a vida de quem a perdeu, e as indenizações são aquém do que uma pessoa poderia ganhar se tivesse ficado viva. Inclusive acho que se uma pessoa não precisa desse dinheiro deveria recusar isso (vai da cabeça de cada um) pois é uma forma pra lá de questionável de "compensar" o extermínio provocado por um país, mas há gente que necessita e não irei condenar quem tenha aceito isso por necessidade.

Terceiro trecho:
A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso.
Rudolf entra na fase dos delírios. Rudolf, os EUA não são obrigados, você pelo visto tem uma visão "benevolente" da política imperialista do governo dos Estados Unidos como superpotência. Os EUA veem retorno nessa aliança com Israel que se aprofundou depois da guerra dos seis dias quando o governo dos EUA viu que teria retorno dando apoio aquele país levando em conta a polarização da guerra fria, a URSS passou a apoiar vários países árabes e os EUA como resposta fez seus aliados naquela região, incluindo a Arábia Saudita.

Só um trecho pra ilustrar a coisa (pra quem quiser criticar, quem afirma isso é o N. Finkelstein que é adorado por "revis" mesmo não sendo ele, Finkelstein, "revi"), esse texto não é do Finkelstein mas está no site dele:

“Chronicle of a Suicide Foretold: The Case of Israel”
After Algeria became independent in 1962, France lost interest in the Israeli connection, which now interfered with its attempts to renew closer relations with the three now independent North African states. It was at this point that the United States and Israel turned to each other to forge close links. In 1967, war broke out again between Egypt and Israel, and other Arab states joined Egypt. In this so-called Six Day War, the United States for the first time gave military weapons to Israel.

The 1967 Israeli victory changed the basic situation in many respects. Israel had won the war handily, occupying all those parts of the British mandate of Palestine that it had occupied before, plus Egypt’s Sinai Peninsula and Syria’s Golan Heights. Juridically, there was now a state of Israel plus Israel’s occupied territories. Israel began a policy of establishing

Jewish settlements in the occupied territories.
Sim, os EUA fazem doações gigantes de dinheiro a Israel, algo contestável, mas só estou comentando esta parte porque alguém com malícia pode chegar e perguntar sobre isso e essa parte que ele disse existe de fato. Só pra deixar claro, eu não apoio a política externa israelense, só que não preciso usar argumento tosco como o que os "revis" usam pra criticar aquilo, fora o fato de que as motivações de crítica dos "revis" não são por questões humanitárias ou porque discordam da política belicista israelense (até porque os "revis" dão pitis de gozo com o Terceiro Reich que era belicista até o talo) e sim porque o alvo da crítica tem judeus no meio, o que pros "revis" é algo insuportável. O mundo "revi" gira em torno de judeus, um dos motivos que provam que não existe revisão histórica alguma por parte de negacionistas e sim panfletagem política, como já é sabido de muita gente.

Quarto trecho:
A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso.
Mais uma alucinação do Rudolf. Não vejo o mundo hoje sendo simpático com judeus por conta do Holocausto, quem afirma isso geralmente são os "revis" pra dramatizar a "causa" deles. Pode ter sido num passado remoto, no pós-segunda guerra principalmente em virtude do impacto da destruição causada, mas passados mais de 60 anos do evento, aquela empatia inicial já foi pro ralo há muito tempo, principalmente com o destaque que passou a ter as incursões de Israel na região do Oriente Médio, com destaque pro conflito no Líbano em 2006 e o ataque à Gaza em 2009.

De fato na guerra fria, com o mundo dividido e polarizado, não havia simpatia em relação a árabes ou ao lado palestino, palestinos em geral eram rotulados como terroristas por conta das ações dos grupos radicais e de Arafat, mas a percepção sobre o conflito mudou radicalmente com o fim da guerra fria e a partir de 1994 pra cá, principalmente com o uso global da internet e o destaque dado ao conflito que antes se resumia a um conflito regional apenas.

Quinto e último trecho:
A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.
Rudolf também gosta de anacronismos, usar termos do passado (cruzadas) pra criar figuras retóricas com o presente.

A Europa criou vários enclaves naquela região do planeta, Rudolf, pois teve colônia em vários países. Dá uma olhada:
Lista de ex-colônias europeias no Oriente Médio

Tudo isso ocorreu bem antes desse conflito Israel-Palestina, Rudolf.

Que tal mencionar o domínio francês no Líbano, ou na Argélia (essa no Norte da África)? E o poder britânico mandando na própria Palestina, Iraque etc? E o poder Otomano (turco) naquela região, Rudolf? Tudo isso antes de Israel existir.

Vou deixar uns links aqui caso alguém queira ler (estão em inglês, então coloquem no tradutor do Google):
1. Modern Period: the Rise of Colonial Interests in the Middle East
2. When the Middle East Became a Colony for Europe
3. The Legacy of The Ottoman Empire: Conflict, Colonies and Peter O’Toole
4. Century of Violence: What World War I Did to the Middle East (Spiegel)

Alguns livros:
1. The Great Syrian Revolt and the Rise of Arab Nationalism (Autor: Michael Provence)
2. Arab Nationalism, Oil, and the Political Economy of Dependency (Autor: Abbas Alnasrawi)
3. A peace to end all peace: the fall of the Ottoman Empire and the creation of the modern Middle East (Autor: David Fromkin)

Em português e espanhol (o livro em português se encontra no mercado brasileiro), irei colocar esse livro mas sei que o autor é visto como "problema" (embora seja referência) por alguns mais 'exaltados' porque o Bernard Lewis tem uma participação política nas últimas guerras no Oriente Médio. Explicarei isso (o motivo) num próximo post só sobre bibliografia do Oriente Médio:
1. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje (Autor: Bernard Lewis)
2. Las identidades múltiples de Oriente Medio (Autor: Bernard Lewis)

Aqui eu deixo dois livros (ebook, PDF) sobre o tema:
1. Ottoman Modernity, Colonialism, and Insurgensy in the Interwar Arab East
Autor: Michael Provence

2. Confronting an Empire, Constructing a Nation: Arab Nationalists and Popular Politics in Mandate Palestine
Autor: Weldon C. Matthews

Só avisando que, se algum dos autores dos livros pedir que removam o link, terei que remover. Então quem quiser que baixe logo.
_______________________________________________

Mas a parte mais engraçada e tosca da afirmação dele é a da "futura Arábia unificada", pelo visto Rudolf ignora fortemente as divisões sectárias daquela região e como todo fascista, acha que é possível "homogeneizar" tudo passando uma reta por cima de todos contra a contra a vontade de grupos rivais.

Rudolf, você já ouviu falar nisso? Guerra civil do Líbano. Tem um documentário interessante da Al Jazira sobre essa guerra civil libanesa.

E não preciso ir muito longe no tempo, há uma guerra em andamento no Oriente Médio agora mesmo, a guerra civil na Síria com grupos rivais se pegando: Guerra Civil na Síria.

Já viu a hostilidade entre Arábia Saudita e Irã por conta de divergências religiosas e políticas? O Irã não é árabe (é persa) e tem maioria xiita, a Arábia Saudita é o berço dos árabes de fato e tem maioria sunita. Já houve vários conflitos no Oriente Médio por sectarismo religioso, xiitas versus sunitas ao longo da história e conflitos contra outros grupos religiosos. Queria ver como seria essa unificação "interreligiosa" levando em conta a afirmação do Rudolf, seria um verdadeiro 'pinga sangue'.

E o certo seria chamar os povos de alguns países de "arabizados", pois a composição étnica deles (exemplo: Líbano) não é a mesma da Arábia Saudita. Houve uma colonização em vários países na expansão do Islã quando a religião ainda era restrita só a árabes, daí a origem do termo "arabizar". Eu costumo chamar aquela área do Mediterrâneo de "povos do mediterrâneo".

Queria entender como Rudolf acha que haverá uma "Arábia unificada" ignorando esses "detalhes" (rs), ignorando até a composição de cada país atual naquela região. Será que ele vai chegar na "Arábia" e gritar pros povos daquela região: Stop! In the name of love! Before you break my heart; Link2; Link3.

Depois aquele pessoal 'ultrassensível', cheio de mimimi, chega aqui "defendendo" revis" e acha que a gente "pega no pé" deles, o que não é verdade. Vejam o festival de sandices acima (distorções e mentiras em todo o comentário dele) e isso é só um pequeno trecho de asneiras que o cara escreveu.

sábado, 17 de maio de 2014

Os verdadeiros sentimentos de Germar Rudolf sobre os judeus

Isto pode ser lido na página 39 deste relatório, que cita Germar assim:

Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso. O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso. A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso. A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso. A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2014/05/germar-rudolfs-true-feelings-about-jews.html
Título original: Germar Rudolf's True Feelings about Jews
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

Observação: tem tanta besteira no comentário do G. Rudolf, principalmente a parte sobre Oriente Médio, que se for comentar pedaço por pedaço o post ficará muito espichado. Acho melhor fazer depois um post sobre esse comentário dele e Oriente Médio.

"Futura Arábia"? Esse tá "por dentro" das brigas sectárias do Oriente Médio.

Atualização: 18.05.2014

Eis o link com os comentários sobre este post: As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Polícia tcheca chega à organização neonazi Wotan Jugend

A polícia da República Tcheca desarticulou uma célula da organização neonazista Wotan Jugend que estava estabelecida no país. Cinco de seus membros, entre eles um cidadão russo, está sendo atualmente investigados por delitos contra a liberdade e os direitos humanos.

Baixar: MP3

Foto: ČTK
A célula tcheca da organização neonazi russa Wotan Jugend foi desarticulada esta segunda-feira pela Polícia. Ainda que não se tenha realizado detenções, cinco de seus membros estão sendo investigados, e se condenados podem enfrentar até cinco anos de prisão por apologia do nazismo.

A intervenção policial chegou a tempo de evitar maiores males. "Em nosso caso este grupo neonazi foi dissolvido quando se encontrava em fase de preparação de ações violentas e delitos mais graves", explicou o diretor do departamento policial contra movimentos extremistas, David Jand.

Foto: ČTK
A organização neonazi Wotan Jugend surgiu no terreno fértil e propagado pela banda russa de Black Metal nacional-socialista M8l8th (Moloth), que constitui não só um dos grandes promotores da ideologia neonazi em seu país, como além disso, contribui ativamente para seu estabelecimento. M8l8th conta com dezenas de milhares de membros na Rússia e agora tenta se expandir para outros países, incluindo a República Tcheca.

De fato, a ramificação da Wotan Jugend foi fundada pelo cidadão russo Serguei Busygin, de 21 anos, relacionado diretamente com a M8l8th e que agora pode perder a permissão de residência permanente. Outro dos fundadores foi detido antes dessa operação e se encontra agora em prisão preventiva.

Não é a primeira vez que membros da Wotan Jugend têm problemas com a lei. Na Grã-Bretanha um de seus membros foi condenado à prisão perpétua por assassinato e tentativa de pôr uma bomba em uma mesquita. Na Rússia vários componentes do M8l8th foram investigados por delitos de difusão do nazismo e violência contra estrangeiros.

Foto: ČTK
O nome do M8l8th contém em si mesmo uma referência ao nazismo, entendendo que os dois números oito aludem aos dois agás (HH), ou seja, sigla da expressão Heil Hitler. O nome da Wotan Jugend se conecta com o paganismo ao mencionar o deus germânico Wotan (Odin), e ao mesmo tempo se atrelar ao nazismo, já que Jugend (juventude) contém reminiscências das Hitlerjugend ou juventudes hitleristas. O símbolo da organização é a mesma runa nórdica a SS usava.

A Wotan Jugend se financia com a venda de artigos como bonés, cartazes ou camisetas, com lemas ou simbologia nazis ou do grupo M8l8th. Sua ideologia destaca pelo seu ultranacionalismo e suas teorias de superioridade racial branca, seu darwinismo social, fascismo, antiliberalismo e evocações à Europa pagã pré-cristã, assim como seu culto à violência.

06-05-2014 14:57 | Carlos Ferrer

Fonte: site da Radio Praha (República Tcheca, versão espanhola)
Título: La Policía checa para los pies a la organización neonazi Wotan Jugend
http://radio.cz/es/rubrica/notas/la-policia-checa-para-los-pies-a-la-organizacion-neonazi-wotan-jugend Link2
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 10 de maio de 2014

Putin promulga lei que penaliza a reabilitação do nazismo (negação do Holocausto)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei aprovada anteriormente pelo Parlamento que estipula penalizar em até cinco anos de prisão a reabilitação do nazismo e a divulgação de informação falsa sobre a atividade da União Soviética durante a II Guerra Mundial.

"A nova lei federal penaliza a negação dos fatos provados nos Julgamentos de Nuremberg, o rechaço ao castigo imposto aos principais criminosos de guerra dos países europeus, a aceitação dos crimes especificados em suas falhas, assim como a divulgação de informação falsa sobre a atividade da URSS durante a II Guerra Mundial", informou o Kremlin.

Além disso, a lei especifica multas a serem aplicadas pela profanação dos monumentos de glória militar e das efemérides/celebrações da Rússia.

As legislações dos países como a Áustria, Bélgica e França desde muito tempo penalizam a negação e a justificação das malfeitorias dos nazis.

Moscou, 5 de maio (Novosti)

Fonte: Ria Novosti (Rússia, ed. espanhola)
http://sp.ria.ru/neighbor_relations/20140505/159957106.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Russia's Putin outlaws denial of Nazi crimes Link2 (Reuters/Yahoo!)

Observação: o Putin consegue dar um nó na cabeça daquele pessoal com pensamento binário que divide o mundo em "preto e branco" e quer entender tudo a base de "esquemões" e simplismos. Quero ver o posicionamento dos "revis" daqui pra frente com a Rússia e o governo russo depois dessa (hahahahaha).

Meu comentário anterior, obviamente acima, foi mais referente ao cenário interno brasileiro. Mas esse "nó" mental/ideológico não ocorre somente aqui.

Acho curioso essa admiração de alguns deles com a Rússia, sendo que há um outro espectro da direita brasileira (pelo menos na que circula na rede, que eu evito de citar porque o nível de discussão é terrível), também extremista, que é uma ultradireita neoliberal ou ultraconservadora-liberal (é como se definem) que fala da Rússia como se ainda estivéssemos naquela divisão/polarização da Guerra Fria. São duas faces da mesma moeda (ou da mesma burrice), mas a última consegue ser ainda mais tosca que os "revis", por incrível que pareça.

Há também setores bizarros na esquerda que estavam tratando a questão dos neos na Ucrânia (ascensão deles, dos "banderistas", seguidores deste fascista ucraniano aqui) como "revolução popular" e adjetivos ridículos do tipo (um certo partido minúsculo com base mais forte no Rio, que andou tendo acusações de envolvimento com os Black Blocs, que coincidentemente desapareceram das ruas depois da palhaçada que culminou na morte de um cinegrafista, até hoje sem as devidas explicações que confirmam ou não envolvimento de políticos com eles), outra bizarrice sem tamanho, mas que mostra como está nivelada (nivelamento por baixo) hoje a discussão política no país.

Depois chega um desavisado ou outro torrando o saco nos comentários perguntando porque a gente se irrita com alguns comentários. Será que ainda é preciso explicar o motivo?...

Ainda sobre essa questão, não esqueci dessa discussão aqui que abordou questões interessantes sobre essa nova extrema-direita europeia, que já iria citar mas que não foi possível fazer nenhum post. Farei ainda um post sobre esses assuntos (só não sei quando, rs), Terceira Posição (Third Position, um 'tipo' de fascismo só que por "outro nome"), Dugin, Nova Direita (Nouvelle Droite) (link) e cia. São pontos interessantes, apesar deu discordar deles. Mas pelo menos não estão num nível tão baixo (intelectual) quanto o dessa direita vejista brasileira. Mas isso que comentei também não é um elogio (caso comecem a se "entusiasmar").

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O atirador Frazier Glenn Miller e o revisionismo (negacionismo) do Holocausto

Conforme prometido, mas evitei criar o post na sequência do evento pois podem remover vários links onde havia participação desse cidadão. O Glenn Miller é autor do atentado letal deixando 3 vítimas (judias) numa escola dos EUA, leiam neste link. Mas não surpreende que estas pessoas com perfis violentos circulem em sites e grupos negacionistas nos EUA. O F. Miller circulava no fórum neonazi e/ou "supremacista branco" dos EUA chamado VNN.

Eu coloco o "e/ou" pois a linha que separa o neonazismo do supremacismo em alguns países é literalmente tênue ou nenhuma. Digamos que em geral os neonazis (ou neofascistas) possuem uma organização partidária mais 'arrumada' em alguns países. A Klan é mais ativa nos EUA.

Não localizei no momento o link que eu havia salvo do VNN onde falavam do cidadão anos atrás, de qualquer forma, pra deixar registrado, ele era figura do VNN. Atenção com os links pois este aqui é de um blog racista (supremacista) dos EUA que comenta o caso. No SPLC (que é uma organização que combate esse tipo de extremismo nos EUA) comentam este mesmo caso e o fórum VNN dando apoio ao assassino, confiram no link. Mais um link do SPLC com um post do atirador no fórum, link.

Eu evito, mas muitas vezes é impossível não citar, colocar esses links de sites racistas de fora pois a maioria (esmagadora) dos "revis" lusófonos leem esse blog (apesar de só alguns deles comentarem), e se eles quiserem reproduzir porcaria como esse tipo de texto ou blog do link acima, que façam isso indo à fonte do lixo e não por terem visto o link aqui. Tem sites de alguns países infinitamente piores que os brasileiros ou portugueses, mas já temos violência demais pra lidar no país (que continua sendo um dos ou principal problema do país hoje) pra ficar importando mais esse tipo de porcaria de fora.

Há uma entrevista com o assassino dada à Carolyn Yeager que é outra negacionista e supremacista dos EUA conforme já citado aqui. Os links de entrevista dele à ela estão Aqui e aqui, com a seguinte descrição:
Saturday Afternoon with Carolyn Yeager, Live, May 11th, 2-4PM Eastern (11AM -1PM Pacific) on The White Network. "Interview with Glenn Miller, creater of the White Patriot Party"

[fglennmiller]

Carolyn begins a series of programs with personalities active during the 60's through 90's in American White racial activism. Frazier Glenn Miller founded and built the only White people's party ever in the U.S. - the White Patriot Party – in 1980, with a peak membership of 3000. He has been personally involved with all of the main figures and the history of the time period, so he has much to tell us.

Phone calls will be taken in the 2nd hour only (no undisclosed numbers), or email carolyn@carolynyeager.net

See you then,
Tradução:
Tarde de Sábado (Saturday Afternoon) com Carolyn Yeager, ao vivo, 11 de maio, de 2-4 da tarde horário do Leste (11 da manhã à 1:00 da tarde, fuso do Pacífico) na The White Network ("Rede Branca"). "Entrevista com Glenn Miller, criador do Partido Patriota Branco"

[fglennmiller]

Carolyn começa uma série de programas com personalidades ativas durante os anos 60 até os anos 90 no ativismo racial branco dos EUA. Frazier Glenn Miller fundou e construiu o único partido do povo branco nos EUA - o Partido Patriota Branco - em 1980, with a peak membership de 3000. Ele esteve pessoalmente envolvido com todas as principais figuras e no histórico daquele período, então ele tem muito a nos contar.

Chamadas de telefone serão recebidas apenas na segunda hora do programa (não revelaremos o número do telefone), ou por email carolyn@carolynyeager.net

Vejo vocês então.
Mesmo sabendo que isso seja algo remoto de ocorrer na cabeça dessas pessoas, pois se fossem providos de consciência não se engajariam nesse tipo de porcaria (em pleno século XXI), mas ainda me pergunto se não rola alguma crise de consciência de alguma dessas pessoas, vez ou outra, em ficarem tão próximas de gente (assassinos em potencial) que mata de forma gratuita pessoas por racismo e crendices racistas estúpidas. Esse tipo de discurso racista e crendice acaba invariavelmente nesse tipo de ataque quando algum mais desajustado arruma meios de extravasar sua raiva cultivada por muito tempo. Ou seja, quando um mais estourado põe em prática o extremismo que prega.

O cenário racista nos EUA com a Klan sempre foi violento e pelo visto não mudou nada, apesar da eleição "simbólica" do Obama pelo aspecto étnico da coisa (ficou só no simbolismo mesmo) já que politicamente o cara é um fiasco (deu até apoio à extrema-direita na Ucrânia). A Klan ou seus membros estão envolvidos em quase todo tipo de organização extremista de direita e racista nos Estados Unidos, e internamente em alguns partidos.

Faço questão de frisar essas questões pois vez ou outra algum radical de direita começa discussões tentando negar a matriz ideológica desse tipo de extremismo em outros países e mesmo aqui no Brasil com retórica achando que vão "levar no papo" a gente repetindo panfleto. Cito como exemplo ainda uma discussão esdrúxula num post antigo (sobre o conflito na Ucrânia), onde tive que ler que eu tinha "mágoa" (sic) da direita e coisas desse tipo sem nunca ter discutido em profundidade questões de direita e esquerda no cenário brasileiro no blog, até porque é impossível discutir se pouca gente comenta. E mesmo levando em conta que o blog sempre aborda o extremismo de direita de matriz fascista, ou seja, o assunto extrema-direita aqui tem tudo a ver com a questão da negação do Holocausto etc, acho que não seria necessário eu repetir algo tão óbvio se o povo (generalizando) não fosse tão estúpido ou cínico a ponto de ignorar essas questões.

Se alguém não sabe o que é fascismo e quer ficar repetindo como papagaio sites que ficam criando confusão sobre esses termos, fiquem à vontade, mas não esperem concordância do pessoal aqui. O nível de discussão política no país anda muito baixo há bastante tempo e principalmente pelo nível de interlocução e intelectual da direita brasileira, que é terrível.

Dizer que alguém tem "mágoa" em vez de criticar o que a pessoa pensa argumentando o porque discorda não é discussão política e sim choro infantil, coisa de gente despolitizada sem argumento, que em muitos casos leu algum texto esdrúxulo e cheio de "certezas" solto na internet e resolveu sair pregando pra "catequizar" as pessoas.

Em parte esse tipo de retórica mimada e chorona é típica da extrema-direita, um discurso apelativo, moralista e emocional, sem base alguma ou calcado em fantasias/mitos, cheio de senso comum rasteiro.

O que disse acima eu sei que é óbvio pra muita gente mas pra milhares, infelizmente, não é. Então se faz necessário chamar sempre a atenção desses que não têm convicção política sólida e se deixam levar por bobagens que leem na web. Não se faz política assim, na base da "catequese" como se fosse religião.

P.S. não confundam esse "Glenn Miller" com esse aqui (o mais antigo e maestro). O antigo Glenn Miller não merece essa comparação por conta do homônimo.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Ex-líder da Ku-Klux-Klan, detido por fazer "coisas" com um travesti negro em um carro

Frazier Glenn Miller quis livrar sua cara argumentando que havia contratado o travesti com a intenção de golpeá-lo, mas que no final "uma coisa levou à outra".

Segundo o então promotor federal J. Douglas McCullough, Miller foi detido "fazendo coisas que para o promotor não é cômodo dizer em voz alta".

"Sua detenção foi impactante devido às posturas pessoais que ele sempre teve", acrescentou McCullough sobre o agora confidente do FBI.

Frazier Glenn Miller, antigo líder da Ku-Klux-Klan, acusado de matar três judeus no Kansas no início deste mês, foi detido pela polícia de Raleigh há um ano quando fazia coisas comprometedoras no assento traseiro de um carro com um travesti negro, segundo informou o New York Magazine.

Segundo o então promotor federal J. Douglas McCullough, Miller, que havia fundado o Partido Patriota Branco da Carolina do Norte e atualmente é confidente do FBI, ele foi detido "fazendo coisas que para o promotor não é cômodo dizer em voz alta".

"Sua detenção foi impactante devido às posturas pessoais que ele sempre teve", disse McCullough, que não quis dar mais detalhes sobre o relatório do incidente.

"Os detalhes são bem mais lascivos e preferiria não dizer nada mais. Creio que os fatos falam por si mesmos e as pessoas podem tirar suas próprias conclusões sobre a incongruência de suas ações", acrescentou.

Miller, de 73 anos, quis melhorar sua imagem argumentando que havia contratado o travesti com a intenção de golpeá-lo, mas que no final "uma coisa levou à outra".

O ex-dirigente da Ku-Klux-Klan escreveu uma vez: "Os homens brancos, para não se sentirem rechaçados por suas mulheres, se deitam com as que são negras, acelerando mais rapidamente seu próprio desaparecimento racial. A razão pela qual ninguém vê mais homens brancos e mulheres negras juntos em público é porque os brancos temem os negros".

Fonte: 20minutos.es (Espanha)
http://www.20minutos.es/noticia/2126012/0/exlider-ku-klux-klan/detenido/travesti-negro-coche/
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: pra quem "pegou o bonde andando". Esse post está relacionado a este aqui do dia 15 de abril, do atentado cometido por este Frazier Miller um dia antes com vítimas fatais, supremacista branco e ex-membro da Klan, nos EUA.

É curioso que um cara que vive uma neurose constante com discursos e crença de "superioridade racial" tenha essas taras "raciais". O que mostra como são dissimulados.

Como eu havia comentado, eu iria fazer um post mostrando a ligação dele com os negacionistas, mas como não daria pra salvar as páginas antes de colocar os links (pois poderiam apagar), eu resolvi deixar de lado pois havia chances dos "revis" que publicaram coisas junto com ele, apagassem links, mesmo sendo de sites estrangeiros. Inclusive uma "revi", C. Yeager (confiram este link pra ver quem é) tinha um post sobre esse cara no site dela, não sei se ainda está lá mas caso tenha apagado eu cheguei a salvar a página (por via das dúvidas).

Como é citado no link acima sobre o Partido Nazi dos EUA o qual ela fazia parte, o site tece umas loas ao atirador do massacre de Virginia Tech. Resumindo a questão: tudo "gente boa" e bastante "equilibrada" (conteúdo muito irônico pros mais desavisados que não prestarem atenção às aspas).

Pelo que citei acima, é por essa razão que é tão ruim fazer um post sobre o assunto com crime no meio. Os "revis" podem sair apagando rastros do que é publicado embora a polícia daquele país já deva ter visto (e salvo) os rastros desse cara.

Vou tentar fazer o post depois, mas não garanto, pois é bem chato tirar prints de páginas antes pra postar, principalmente de algo bem visível.

Alguns "desavisados" ou gente dando uma de "João-sem-braço" adoram fazer perguntas idiotas do porquê se "associa" neonazistas, supremacistas com negadores do Holocausto. É esta a razão desses posts, mostra como uma coisa anda bem junto da outra porque a maioria deles costuma negar ou "ignorar" estes fatos. Se chegam a negar os crimes dos nazis, negar (cinicamente) essas ligações entre extremistas de direita e negadores chega a ser o de 'menos'.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A crise na Ucrânia, os desdobramentos - II (a caminho da fragmentação e da guerra)

Eu fiz um resumo em março aqui sobre os desdobramentos da ascensão de neonazistas ao governo da Ucrânia depois do golpe de estado que depôs o presidente daquele país, resumo com um histórico recente da razão da tensão e conflito na área já que parte da mídia brasileira na ocasião "evitava" comentar o assunto de forma correta por conta de um viés pró-norte-americano, viés recorrente e habitual da maior parte da mídia brasileira, uma vez que o assunto é grave pra ficarem com esse tipo de sectarismo informativo e desinformação por fanatismo político e ideológico.

O problema citado acima também está ocorrendo em vários sites de notícia (estrangeiros) como a BBC, que de tão enviesada, mais parece propaganda oficial do governo dos EUA que site de notícias (a BBC conseguiu ser mais parcial na questão que até as redes de notícia dos EUA).

Indo ao ponto, uma das razões, ou a principal, da tensão como já ressaltado antes no link acima é a provável instalação de bases da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, na Europa só chamam de NATO) cercando a Rússia, principalmente na Ucrânia que é uma região sensível (área direta de influência russa) cheia de ódios sectários e problema geográfico (pois fecharia o cerco de vez à Rússia).

A mídia não costuma comentar que a Rússia tentará evitar que coloquem bases da OTAN na Ucrânia, de todas as formas possíveis. Narram os fatos como se isto fosse algo irrelevante quando é o epicentro da discórdia. Se não citam esse tipo de "detalhe", na verdade estão passando uma informação pela metade.

A OTAN é uma instituição datada e anacrônica, resquício da Guerra Fria, feita pra contenção militar e econômica da expansão do bloco socialista na Europa (que não existe mais desde a desintegração da União Soviética em 1991) mas que continua na ativa pra cercar a Rússia. Mais por interesses norte-americanos que europeus.

Pra quem não está informado, havia um acordo feito ainda por Gorbachev para que a OTAN não se expandisse pro leste e principalmente pra Ucrânia. Com a ofensiva via golpe de Estado na Ucrânia pra aproximar a mesma da UE e da OTAN, esse acordo foi pro ralo. Os russos se sentem traídos pelos Estados Unidos e pela UE por terem descumprido esse "acordo" décadas depois de uma forte integração da Rússia com a própria UE e os EUA. Aqui a matéria com o Gorbachev criticando abertamente os atos dos EUA e UE com a expansão da OTAN na Ucrânia: Gorbachev blasts NATO eastward expansion
Quem quiser ler em português, só achei esse link.

Mais sobre a questão (em inglês, coloquem no tradutor do Google os links):
Former U.S. Senator Bill Bradley delves into a misunderstanding over NATO expansion that brought decades of grief
Treaty on Conventional Armed Forces in Europe
Nato's action plan in Ukraine is right out of Dr Strangelove

Comentei antes que a UE e os EUA estavam "brincando com fogo" achando que iriam controlar nazistas (fascistas) no poder da Ucrânia e eis uma amostra do resultado: mais de 40 pessoas queimadas até a morte num edifício sindical em Odessa, numa área de maioria étnica russa. Além da própria separação da Crimeia como consequência do golpe de Estado na Ucrânia.

Isso é só uma amostra do que ideologias racistas e extremistas com poder bélico são capazes de fazer. Não precisaria nem citar o caso pois a segunda guerra é um exemplo grande o suficiente e bem conhecido da maioria das pessoas sobre os estragos do fascismo. Pelo visto parece que muita gente não "aprendeu" nada com os erros do passado.

A Ucrânia aos poucos está se fragmentando, caminha pruma guerra civil ou guerra entre países. As partes étnicas russas não querem ficar (e dificilmente ficarão, a não ser pela força e destruição) sob o controle de um governo anti-russo em Kiev e tendem à secessão (separatismo), e as partes ucranianas (étnicas), apesar do apoio ainda ao governo golpista, de quebra está descontente com o "xarope" (pacote econômico) que a União Europeia e os EUA pretendem dar (via FMI) ao que sobrar da Ucrânia. O povo foi atrás do "paraíso" (falsas promessas não cumpridas aproveitando o ódio sectário da população) e estão a caminho do purgatório.

As medidas (xarope) do FMI:
Empréstimos à Ucrânia dependem de austeridade "impopular e dura"
FMI oferece à Ucrânia um pacote de 19,5 mil milhões de euros embrulhados em austeridade

Ucrânia: População receia austeridade exigida pelo FMI



2014 é centenário da Primeira Guerra Mundial, parece que querem "celebrar" em "grande estilo" com mais sangue.

Foto tirada desta matéria.
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A discussão do assunto é obviamente aberta, mas só um aviso: no post anterior rolou uma discussão nonsense nos comentários. Nonsense porque começou a se discutir primeiro uma coisa (o assunto do post) e um comentário ou dois depois descambaram pra pregação de "doutrina política". Obviamente não serei "catequizado" com pregação desse tipo, e acho até infantil esse comportamento. Acho uma pretensão descomunal alguém achar que me "doutrina" ou me leva na conversa com idolatrias, idealizações sem muita base e bobagens desse tipo, até sugiro a não tentarem usar desse tipo de artifício (retórica) pois consigo desmontar fácil esse tipo de pregação e só vai restar vir xingar por não ter o que dizer. A "discussão" (se é que houve) acabou com uma agressão (xingamento), que eu poderia revidar, cheguei a responder mas cortei, pois não vale a pena. É um tipo de discussão idiota, pueril, sem relevância. Discutir esse tipo de assunto na base da catequese, não dá.

Ao pessoal que idolatra países, como já comentei antes, nesse tipo de questão eu olho sempre primeiro pro lado brasileiro depois pros outros. A quem achar estranho, norte-americanos costumam fazer o mesmo (com o país deles) e a maioria dos povos do mundo. Obviamente que não passo por cima de questões humanitárias, mas acho bizarro ver brasileiros querendo discutir conflitos políticos graves em briga de torcida organizada ou disputa de futebol, comportamento imbecil e pueril mas que existe. Já vi pilhas de comentários assim nas matérias sobre a questão e um pior que o outro.

Uma parte da população não sabe se ver como povo, como nação, e fica querendo que você, por não pensar como eles e não sofrer do complexo de vira-latas, passe a se comportar como eles na marra pra que eles não se sintam "isolados" e "sofram sozinhos" por se comportarem dessa forma. Mas eu não irei me comportar desta forma. Quem sofrer de vira-latice (complexo de vira-latas), cure-se disso, as pessoas mundo afora não dão a mínima pra esse comportamento chorão, cheio de autopiedade e autodestrutivo (complexado) de uma parte dos brasileiros. Se você acha que está "abafando" com esse comportamento, saiba que as pessoas em geral acham esse comportamento repulsivo, insuportável, asqueroso. A maioria irá sentir asco de você. Há problemas no mundo inteiro e nenhum país estrangeiro irá resolver nossos problemas. Esse comportamento complexado (complexo de vira-latas) é um comportamento vexatório e que só causa constrangimentos.

Mas retornando ao assunto, não estamos na segunda guerra nem na guerra fria, o mundo hoje é outro, quer alguns gostem de ler isso ou não. A direita brasileira vive em estado de neurose e transe constante tentando insuflar e propagar ideias obtusas como se ainda estivéssemos na Guerra Fria (uma parte que insufla isso nem sequer acredita nessas coisas, mas sabem que há uma massa com senso crítico baixo, ou nenhum, que digere esse tipo de panfletagem), achando que o povo não percebe esse tipo de manipulação política. Se a pessoa quer viver numa realidade paralela fictícia, problema de quem quiser viver assim, mas não peçam pra eu chancelar esse tipo de idiotice pois não irei fazê-lo.

Mas por que faço sempre essas advertências?

Pouca gente comenta no blog, mas muita gente lê. E eu sei mais ou menos o perfil político de uma parte que lê. A parte democrática não cria problemas com discussão e é muito bem-vinda, mas a parte autoritária e neurótica cria muitos problemas e desgaste discutindo. Pelo que já li de comentários, sempre chega alguém com esses comportamentos que descrevi acima querendo que a gente concorde com certas bobagens que pregam e não irei concordar. Essas pessoas não discutem, só querem fazer pregação, discussão é algo muito diferente de pregação e não é sinônimo de consenso, uma discussão pode acabar sem concordância. Discussões são feitas com argumentos e não com retórica. Não me incomodo em passar por "chato" e ser do contra se eu estiver convicto de que estou certo e outra pessoa estiver errada. Quem quiser vir pregar ou tentar levar a gente na conversa com "teorias da conspiração" e paranoias, procure um divã e vá descarregar isso lá.

 Vejam que a maior parte do post foi só de advertência por conta do que já li de bobagens (e agressões) em outros posts e em cima do comportamento agressivo das pessoas em redes sociais. Triste isso.

Ver: A crise na Ucrânia, os desdobramentos (um resumo)

sábado, 3 de maio de 2014

Carolyn Yeager e o ANSWP (Partido Nazista Norte-Americano)

Acrescentando algo mais ao artigo de Sergey, Yeager foi diretora do Partido Nacional-Socialista Norte-americano até 2007. Sua renúncia foi discutida por Bill White aqui:
Lamento ver Carolyn renundiar. Ela era muito útil com a revista e uma boa ativista.
Esta foi a resposta da organização de Yeager sobre o massacre de Virginia Tech, onde uma das vítimas foi Liviu Librescu.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
Título: Carolyn Yeager and the ANSWP
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2010/01/carolyn-yeager-and-answp.html
Tradução: Roberto Lucena


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