quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Confirmadas valas comuns em Treblinka

Arqueólogos forenses britânicos são autores da primeira tentativa científica de localização de restos mortais de vítimas do Holocausto, no campo de concentração de Treblinka, na Polônia.

Entre 1942 e 1943, mais de 800 mil judeus foram mortos em Treblinka. A existência de valas comuns neste campo de concentração era apenas conhecida pelos relatos de sobreviventes, o que originava dúvidas acerca da veracidade dos mesmos.

Um estudo conduzido pela arqueóloga britânica Caroline Sturdy Colls, da Universidade de Birmingham, veio comprovar esses testemunhos. Novas tecnologias aplicadas na investigação – que incluem imagens de satélite, GPS, radar de penetração no solo, levantamento de resistência do solo e aparelhos de imagens elétricas – permitiram localizar seis valas comuns nas áreas referenciadas pelas testemunhas.

Uma destas valas tem 26 metros de comprimento, 17 de largura e, pelo menos, quatro de profundidade.

A pesquisa no terreno permitiu também localizar construções que aparentam ser estruturais, sendo que duas delas são provavelmente restos das câmaras de gás. De acordo com as testemunhas, estas eram as únicas estruturas feitas de tijolos.

De forma a respeitar as tradições religiosas dos judeus – que não permitem a exumação dos corpos – não foram feitas escavações no local. As descobertas foram feitas através do contraste detetado pelas tecnologias modernas entre as propriedades físicas do solo e as características no interior do mesmo, como perturbações causadas por algo enterrado.

Pesquisas anteriores

Um relatório de 1946 encontrou no local “restos de postes queimados, pedaços de arame farpado e secções curtas de estrada pavimentada” e ainda “grandes quantidades de cinzas humanas misturadas com areia e ossos”. Apesar de terem sido detetados restos humanos no local, nunca ficou comprovada a existência de valas comuns.

Na pesquisa que começou em 2010, Caroline Sturdy Colls deixou claro que é possível ver fragmentos de osso na superfície do solo, especialmente depois de chover, resultantes das cinzas da cremação dos corpos.

Encobrir crimes de guerra

Ao contrário do campo de concentração de Auschwitz, onde as câmaras de gás e os crematórios continuam de pé, em Treblinka tudo foi destruído.

Hoje em dia, o local onde morreram milhares de pessoas é um memorial de 17 mil pedras com os nomes dos locais de onde eram originários os judeus que para aqui foram transportados.

A decisão de destruir este campo de concentração e cremar os corpos das vítimas aconteceu depois de o Exército alemão ter percebido que deveria encobrir os crimes de guerra.

Em 1943, os nazis abandonaram este campo próximo de Varsóvia. Destruíram todos os edifícios e todos os vestígios que levassem a crer que ali tinha sido montado um campo de concentração. Transformaram então Treblinka numa quinta e plantaram árvores à volta.

Mas para um grupo de arqueólogos forenses todas as provas apontam para o propósito real daquele sítio.

Fonte: JA/Rede Expresso
http://www.jornaldoalgarve.pt/2012/01/confirmadas-valas-comuns-em-treblinka/

4 comentários:

Sr. Madruga disse...

Magnífica matéria. E, reparem bem que tudo isso num único campo. Se levarmos em conta que foram 48 campos e uma infinidade de guetos em grande parte da Europa?

Roberto disse...

Dê uma checada nas Cesspits estrangeiras e veja a repercussão da matéria, os caras estão surtando feio, rsrsrsrsrs. As Cesspits(que é como a gente chama reduto de "revis") estrangeiras ou propriamente A Cesspit (a central "revi" que propaga muita porcaria "revisionista" que é publicada nesses sites via tradução) se chama Codoh. Soltaram essa notícia lá e os "revis" de fora estão surtando e arrancando o cabelo. Também colocaram a matéria naquele lixo da Klan, o stormfront(outra central revimané), começaram a xingar/ofender a pesquisadora da matéria.

Mas deixando isso de lado e comentando o que você citou, eu acho que mais trabalhos como o dessa pesquisadora deveria ser feito, embora sempre haverá um pulha ou antissemita pra "contestar" o resultado, mas é bastante difícil esses caras continuarem no ritmo que vinham quando o negacionismo era novidade na internet, hoje muita gente tem uma ideia mais precisam do que eles são e das falácias deles.

Procurando a Verdade disse...

Essa investigação foi discreditada como séria:

http://revblog.codoh.com/2012/01/comment-sturdy-colls/

Roberto disse...

Thomas Kues?

http://holocaustcontroversies.blogspot.com/search/label/Caroline%20Sturdy%20Colls

Thomas Kues on recent archaeological finds at Treblinka

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