domingo, 31 de julho de 2011

Negacionismo do Holocausto pelo embaixador iraniano no Uruguai

José Mujica, Presidente do Uruguai
O Uruguai condenou ontem as expressões antissemitas do embaixador do Irã, a quem havia minimizado a quantidade de vítimas do Holocausto dias atrás. O governo de José Mujica (foto), por meio de sua Chancelaria, convocou Hojjatollah Soltani para lhe expresar sua condenação. Segundo revelou o ministro de Relações Exteriores, Luis Almagro, o embaixador se reuniu com o diretor para Assuntos Políticos, Ricardo González, para notificá-lo pessoalmente. "Talvez morreram, assassinaram, não sei, milhares de judeus. Mas essa cifra, dois milhões, quatro milhões, isso é uma mentira, segundo alguns historiadores europeus que apresentaram os documentos", havia afirmado o iraniano na quarta-feira na conferência de imprensa.

Também havia dito que Israel aproveitava o Holocausto para se vitimizar e pedir o apoio político, bélico e econômico da Europa. Essas declarações provocaram a reação imediata da comunidade judaica uruguaia. "O governo uruguaio deve atuar de acordo com o direito diplomático. (Soltani) Ofendeu-nos a todos usando o solo do Uruguai", queixou-se o diretor para a América Latina da organização B'nai B'rith, Eduardo Kohn. Além disso acrescentou que os ditos do flamante embaixador iraniano em Montevideo incitam ao ódio e a discriminação.

A resposta do governo chegou ontem. "Para a gente, definitivamente, o Holocausto é um fato histórico inegável, em função do que estabelecem além disso as resoluções das Nações Unidas", sentenciou Almagro. "A negação tanto parcial como total, é um elemento completamente negativo que incita a discriminação", disse o ministro uruguaio.

Fonte: Página 12(Argentina)
http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-173434-2011-07-31.html
Tradução: Roberto Lucena

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