sábado, 29 de agosto de 2009

Shlomo Venezia relembra as memórias de prisioneiro no Holocausto no livro "Sonderkommando"

Shlomo Venezia relembra as memórias de prisioneiro no Holocausto no livro "Sonderkommando"

"Na luta contra o esquecimento, o judeu Shlomo Venezia - hoje com 84 anos - lembra-se dos comboios da morte, das regras dos campos de concentração, mas sobretudo, dos trabalhos nas câmaras de gás. Recentemente esteve em Portugal para apresentar o livro "Sonderkommando", que significa Comando Especial. O jornalista José Manuel Rosendo, esteve à conversa com o autor sobre esta obra que retrata um episódio negro da História."



Escutar o áudio da entrevista abaixo, narrador comenta em português, Shlomo Venezia comenta em espanhol.



Pra quem quiser acessar diretamente na página: site da RTP

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como você procura informações sobre o Holocausto na internet?

Muita gente procura em sites de busca(pra ilustrar o exemplo vou usar como referência o Google mesmo) algo sobre temas históricos ou outros assuntos e sempre perguntam: há site confiável? em qual site procuro? como faço distinção de sites? onde procuro? etc.

A questão é que não há nada na mão, quem quer saber de algo tem que ir atrás(parece óbvio mas muita gente ignora isso e vai "na onda" do que a mídia vive pregando sobre as "facilidades" da internet), se não for só uma curiosidade passageira.

Mas supondo que a pessoa de fato esteja interessado no assunto e queira encontrar algo, como fazer? Já que nessa "selva de bytes" há uma quantidade considerável de sites antissemitas se passando por "coisa séria" ou "descolada" e que aparecem na busca misturados com os demais sites.

Sobre o Holocausto, os principais sites do tema estão em inglês, há vários nos links do blog, como esse site Holocaust History Project.

É bom sempre procurar por bibliografia do tema pra se orientar quando for checar informações, quando colocar na busca associar os termos assim(com sinal de adição):

holocausto+bibliografia

Só um exemplo(1).

Atenção: verificar se aparece alguma lista bibliográfica de instituição de ensino superior(de preferência) ou em sites que não sejam "revisionistas"(antissemitas).

Em inglês, exemplo(2).

Ter em mente que nenhum site, por mais elaborado que seja, tem todas as informações sobre um assunto, se há dúvida ou alguma dúvida persistir, procurar por um livro ou se dirigir a instituições como o USHMM ou o Yad Vashem(via e-mail). É importante algum domínio do inglês, pois a maior parte da produção de História sobre o Holocausto se encontra naquele idioma. Se não der, terá que se virar na língua mais próxima e com uma quantidade boa de publicações, o espanhol.

O texto acima é só uma ajuda ou resumo já que muita gente adentra em redes de relacionamento perguntando coisas que poderiam encontrar por conta própria ou por confiarem demais em sites apinhados de antissemitas, na maioria das vezes por comodismo. O mesmo vale pra dezenas de outros assuntos, não recomendaria ninguém procurar algo sobre física no Orkut.

Se alguém(não-"revisionista") tiver mais alguma sugestão é só postar nos comentários.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"Revisionista" David Irving afirma que "Hitler estava na verdade satirizando o fascismo"

Historiador "revisionista" afirma que Hitler estava na verdade satirizando o fascismo

Historiador de extrema-direita, David Irving afirmou que o infame líder do Terceiro Reich da Alemanha, Adolf Hitler, estava na verdade divertidamente parodiando o fascismo, mas que alguns de seus seguidores fizeram uma má interpretação de sua sátira sutil.

‘É como Sacha Baron Cohen que brincou com as pessoas com seu Borat e Bruno, Adolf Hitler criou esse caráter antissemita hilário e extremo, para brincar com milhões. Alguns podem alegar que esta brincadeira foi longe demais, mas que foi como o Adolf fez pra vocês."


Tradução: Roberto Lucena
Fonte: NewsBiscuit
http://www.newsbiscuit.com/2009/08/25/revisionist-historian-claims-hitler-was-actually-satirising-fascism/

Comentário: ou o Irving pirou de vez ou está tentando desvincular sua imagem da do credo da 'negação do Holocausto'("revisionismo) dando essas declarações absurdas, como a da matéria, sobre Hitler e o nazismo. Nada que os próprios "revisionistas" já não o façam em sua negação da História. Esperamos que o Irving solte mais dessas pérolas na imprensa pra desmoralizar ainda mais o credo negacionista. Parece estar havendo uma briga interna entre eles(rsrsrs).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Justiça Federal condena réu por racismo no Orkut

Foi condenado à pena de dois anos e seis meses de reclusão Reinaldo A. S. J. Ele foi preso pelo crime de recismo contra índios, praticado por meio do site de relacionamentos Orkut. A setença foi do juis federal Wellington Cláudio Pinho de Castro, da 4ª Vara, especializada em ações criminais.

Essa é a primeira sentença do gênero proferida pela Justiça Federal no Pará. A pena aplicada não ultrapassa quatro anos de reclusão e o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça.

Com a substituição da pena, o réu terá de prestar serviços comunitários gratuitos, pelo tempo da pena aplicada, junto à Fundação Nacional do Índio (Funai), durante uma hora de tarefa por dia de condenação. Além disso, Reinaldo foi multado em R$ 20 mil, valor a ser recolhido para instituição que será definida pelo juízo da execução.

Na denúncia oferecida à Justiça Federal, o Ministério Público Federal (MPF) alegou que, em 2007, Reinaldo fazia parte, no Orkut, de uma comunidade denominada 'Índios... Eu Consigo Viver Sem', criada para propagar idéias racistas de forma a inferiorizar os grupos indígenas. O denunciado, segundo o MPF, era membro ativo da comunidade e se manifestou diversas vezes 'de forma extremamente racista e preconceituosa, em detrimento da imagem dos indígenas.”'

Desculpas - A defesa de Reinaldo argumentou que as mensagens por ele postadas no Orkut não indicam que tivesse ânimo ou vontade de promover preconceitos raciais, tanto que, por causa de sua conduta, chegou até mesmo a chorar, pedindo desculpas. Acrescentou ainda que o réu agiu sem intenção, pois nunca pretendeu induzir qualquer pessoa ao preconceito e, desse modo, deveria ser absolvido.

Na sentença, o juiz Wellington Castro diz ter ficado evidente o delito em mensagens depreciativas aos índios. Numa delas, é dito o seguinte, 'Sou capaz de viver sem os índios porque eles são incapazes, não tem responsabilidade civil, portanto não existem (...) Mas alguns andam de Mercedes-Benz, tem avião etc.... No ponto de vista indígena eu concordo com a política Norte Americana, deveríamos matar todos os índios e passar a estudar a sua história pos morten'.

Wellington Castro acrescenta ainda que os motivos são desfavoráveis ao réu, uma vez que ele, sem qualquer justificativa, externou sentimento de desprezo desmedido em desfavor da raça indígena, por preconceito contra a sua origem, hábitos e costumes. 'As consequências do crime são graves por disseminar e incitar ideais de intolerância, desprezo e racismo contra a etnia indígena a um universo indeterminado de pessoas, inclusive crianças e adolescentes, sabidamente, assíduos frequentadores do Orkut', observou o magistrado.

Fonte: portal ORM
http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/JUSTICA+FEDERAL+CONDENA+USUARIO+DO+ORKUT+POR+RACISMO+CONTRA+GRUPOS+INDIGENAS_65395.shtml

Matéria publicada no site do Google pelo Márcio.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Antissemitismo em penitenciária de São Paulo

Judeu diz ter sofrido humilhações em cadeia de SP
Americano foi preso e afirma que acabou obrigado a tirar barba.
Governo nega humilhações e informa que vai apurar o caso.

Do G1, com informações do Fantástico


Corte de barba feito à força, ofensas à crença religiosa e até insultos nazistas: um judeu ortodoxo denuncia que sofreu humilhações em uma cadeia de São Paulo. O homem, de 56 anos, se diz traumatizado. “Eu fiquei muito mal, pensando no que os alemães fizeram com os judeus 60 anos atrás. Isso é o que eles fizeram comigo agora no Brasil”, desabafa.

Engenheiro elétrico com passaporte americano, ele afirma ter saído da Alemanha no dia 6 de julho, para visitar amigos em São Paulo. Assim que passou pelo desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, foi preso.

A polícia descobriu que ele carregava no casaco e no colete itens valiosos não declarados, como joias, diamantes e relógios caros. O engenheiro passou três dias detido na Polícia Federal, no Aeroporto de Guarulhos, e foi levado depois para um Centro de Detenção Provisória (CDP). Nele, segundo o judeu, depois de passar por uma triagem, ele teria sido vítima de intolerância religiosa.

Ele diz que um carcereiro atirou no chão a quipá - um pequeno chapéu obrigatório para todo judeu ortodoxo. "Ele, então, começou a falar com um colega que estava ao lado, rindo de mim. Depois, eles falaram ‘heil Hitler’", conta. "Heil Hitler", "salve Hitler", é a mais conhecida saudação nazista da época do holocausto.

O engenheiro diz que, depois da insultá-lo, os carcereiros encontraram em sua bagagem dois objetos religiosos, o talit e o tefilin, e os atiraram no chão. Os acessórios são sagrados. “Quando uma pessoa se envolve com o talit, nessa hora, ele está lembrando que tem que cumprir os 613 mandamentos de Deus. Quando um judeu coloca o tefilin de manhã, é a conexão dele com Deus”, explica.

Sem barba

Mas o pior ainda estava por vir. “O carcereiro me perguntou há quanto tempo eu tinha a barba. Eu disse que tinha desde que ela começou a crescer. Ele respondeu, então, que a partir daquele dia, eu não ia ter mais barba”, lembra.

O engenheiro diz que o puseram em uma cadeira, algemado nas mãos e nos pés. Em seguida, sua barba foi complemente raspada. “Consta na nossa Torá, que é a nossa Bíblia, que é proibido você destruir parte de sua barba. De acordo com a cabala, a parte mística do judaísmo, através da barba, nós recebemos as benções divinas”, explica um rabino.

Também foram cortados os cachos que ele mantinha desde que nasceu e que simbolizam devoção a Deus. “Em alguns campos de concentração, o tipo de humilhação que fizeram com os judeus ortodoxos foi cortar a barba e zombar dessas pessoas. Eu vejo isso como um ato antissemita, um ato isolado, mas um ato de desrespeito e humilhação”, afirma o rabino.

Outro lado

A Secretaria de Administração Penitenciária disse em nota que não houve agressões físicas, morais ou psicológicas, mas que vai apurar devidamente o caso. Segundo a secretaria, os presos são tratados de forma padronizada e têm a barba e o cabelo cortados. Com relação ao americano, a secretaria alega ainda que a barba dele era muito longa, na altura do umbigo.

“É um procedimento padrão, mas que comporta exceções. Estes agentes praticaram alguns crimes, como abuso de autoridade e certamente o crime de racismo, ao incitar e praticar o preconceito contra a religião, contra a crença e a etnia”, destaca o advogado Augusto de Arruda Botelho.

É a mesma opinião do juiz Sergio Mazina Martins, especialista em direitos humanos e presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM). “Você quer impedir o indivíduo de ter determinada barba, determinado cabelo, quando, na verdade, isso para ele faz parte da sua cultura e da sua própria crença religiosa”, aponta.

Agora solto, o engenheiro usa barba postiça. Ele espera a Justiça decidir se poderá aguardar o andamento do processo na Alemanha, onde diz viver. E não vê a hora de ir embora. “Quero ir para casa. Espero que eles não façam mais isso com judeus que querem manter sua barba”, diz.

Fonte: G1(Brasil)
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1277481-5605,00-JUDEU+DIZ+TER+SOFRIDO+HUMILHACOES+EM+CADEIA+DE+SP.html

Link do vídeo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1109903-7823-JUDEU+ORTODOXO+DENUNCIA+QUE+SOFREU+HUMILHACOES+EM+CADEIA+EM+SAO+PAULO,00.html

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sobre a Negação do Holocausto - prefácio do livro de Kenneth S. Stern

Tradução pro português do prefácio do livro "Holocaust Denial" de Kenneth S. Stern, sobre a questão da Negação do Holocausto, vulgarmente e erroneamente chamada de "revisionismo"(entra aspas) do Holocausto.
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"Tornei-me interessado na negação do Holocausto quando vi a história se repetindo. Quando perguntei a amigos o que pensariam daqueles que afirmam que o Holocausto foi uma farsa, eles riram. "Quem acredita nestas maluquices?" Eles perguntaram. "Há tanta evidência sobre o Holocausto, por que se preocupar?'

Lembrei de reações similares as da equação, nas Nações Unidas, do sionismo igual a racismo em 1975. "Ninguém levará isso a sério," muitos disseram. Eles estavam errados. Em apenas poucos anos, o boato sionismo = racismo achou seu caminho em dicionários, livros jurídicos, até em cartazes em paradas. Era dito aos judeus em muitos campus universitários, incluindo alguns campus dos EUA, que devido ao fato deles serem judeus, eles eram sionistas, e por causa deles serem sionistas eles eram racistas. Até depois da ONU anular a resolução em 1991, esta difamação dá força a justificação para o antissemitismo em muitas partes do mundo.

A história do antissemitismo adorna uma verdade acima de todas as outras: mentiras que promovem ódio antissemita nunca devem ser ignoradas. A negação do Holocausto, apesar de ridicularizada hoje, tem os atributos para se tornar uma potente forma de antissemitismo.

Este livro é dividido em cinco partes. A introdução traça o que a negação é, e quem está por detrás dela. O primeiro capítulo examina a negação nos EUA; a segunda parte trata da negação em todo o mundo. O terceiro capítulo refuta as afirmações específicas dos negadores. O último capítulo oferece uma estrutura para se combater a negação e o antissemitismo nas gerações que estão porvir.

Eu espero que este livro persuada o leitor em duas coisas: uma, que a negação do Holocausto deve ser levada a sério; duas, que o combate a esse tipo de coisa não pode ser um problema sozinho da educação do Holocausto. A negação do Holocausto não é sobre verdade histórica. É sobre ódio antijudaico como parte de uma agenda política - e deve ser confrontada como tal.

O lançamento deste livro coincide com a abertura do Museu Memorial do Holocausto no Distrito de Washington. O Memorial pode se tornar um foco para negadores, que agora terão um endereço simbólico para endereçar suas visões neonazistas.

Esta publicação tem a intenção não apenas de sugerir como combater a negação do Holocausto, mas também aumentar a consciência da lição do Museu: que o genocídio é sempre possível se as pessoas são complacentes com o ódio."

Kenneth S. Stern
Especialista de programa em antissemitismo e extremismo político
American Jewish Committee(Comitê Judaico dos Estados Unidos)

Tradução: Roberto Lucena

sábado, 15 de agosto de 2009

Carlo Mattogno - "revisionistas" - biografias - 03

Carlo Mattogno (nasceu em 1951 em Orvieto, Itália) é um historiador italiano.

Em 1985 Mattogono publicou o livro "The Myth of the Extermination of the Jews"('O Mito do Extermínio dos Judeus') e no mesmo ano o folheto "The Gerstein Report - Anatomy of a Fraud"('O Relatório Gerstein - Anatomia de uma Fraude', ver também: Relatório Gerstein). Ambas as publicações são voltadas para disputar o genocídio dos campos de concentração e campos de extermínio nazistas.

Mattogno é um membro do comitê consultivo do "Institute for Historical Review"(IHR, 'Instituto de Revisão Histórica'*), uma corporação que promove teorias de negação do Holocausto e ele também contribui para o jornal em francês "Annales d'Histoire Revisionniste". Ele também aparece amplamente em publicações feitas pelo negador do Holocausto Germar Rudolf como também em vários websites "revisionistas" em língua inglesa e alemã, e tem estado longe de ser censurado legalmente por qualquer uma dessas atividades.

Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena

*IHR(Institute for Historical Review = corporação de negação do Holocausto, que leva o nome de "Instituto", localizado nos Estados Unidos, e é um dos ou o principal distribuidor de material negacionista(antissemita) do mundo.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

NPD(partido neonazi alemão) ameaça com racismo partidário da CDU

Militante da CDU na Alemanha vive sob proteção policial

O angolano Zeca Schall, que faz parte das listas do partido às próximas eleições, foi convidado pelo NPD, a regressar a África.

Na página de internet do partido neonazi é possível ler que farão uma pequena visita à sua casa para passarem a mensagem.

Schall sente-se tocado pelas ameaças e afirma: “Esta campanha contra mim é uma campanha contra mim e toda a CDU* de Turíngia e na Alemanha em geral, mas também contra outros partidos democráticos em todo o país.”

A polícia alemã considera as ameaças sérias e decidiu colocar o candidato sob proteção, enquanto a federação regional da CDU processou o NPD por incitar ao racismo.

Schall vive na Alemanha desde finais da década de oitenta e adquiriu nacionalidade alemã, agora figura nas listas locais da CDU, a Turíngia, ao lado de Dieter Althus, o líder do governo regional.

Fonte: Euronews
http://pt.euronews.net/2009/08/13/militante-da-cdu-na-alemanha-vive-sob-proteccao-policial/

Há vídeo em português na matéria da Euronews.

* CDU = partido tradicional de direita da Alemanha.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A cultura obsessiva de massas das teorias "mágicas" de conspiração nos EUA

Tendo em vista que boa parte do "público" revimané(e simpatizantes desse tipo de charlatanismo) é composta por gente que crê em coisas obscuras ou fantasiosas, teorias esdrúxulas como "o Homem nunca foi à Lua" ou "Obama é muçulmano"(rsrs), crendices, textos pseudocientíficos, pensamento persecutório, obsessivo, crenças em conspirações invisíveis e ocultas e sendo pessoas que frequentemente confundem pensamento ou "interpretação" de cunho inteiramente crente(que crê em algo mesmo sem provas por preconceito contra grupos étnicos ou crenças em conspirações destrutivas ocultas, pra que algo possua significado ou validade por incapacidade de entender o mundo de forma crítica e analítica) com intepretação analítica e histórica, a minisinopse do livro abaixo dá um clarão sobre esse tipo de mentalidade deletéria e medieval, que toma conta principalmente dos Estados Unidos, e de quebra é disseminado por websites de extrema-direita na internet além do alcance dos próprios Estados Unidos, como se fossem "verdades alternativas" ou falsamente "contestadoras do status quo".

Não chequei se há versão do livro em português, mas se houver citarei aqui. O autor é professor de História da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Autor: Robert Alan Goldberg
Livro: "Enemies Within: The Culture of Conspiracy in Modern America"
(Inimigos internos: A Cultura da Conspiração nos Estados Unidos contemporâneo)
Editora: Yale University Press, 2001 edition
Páginas: 368

Sinopse do livro:
"Há uma ânsia por notícias conspiratórias nos EUA. Centenas de websites na Internet, magazines, publicações, até editoras inteiras que disseminam informação sobre inimigos invisíveis e suas atividades secretas, subversões, e armações. Aqueles que suspeitam de conspirações por trás de eventos nas notícias -- a colisão do voo 800 da TWA, a morte de Marilyn Monroe -- integra gerações de norte-americanos, do período colonial até o presente dia, que acalentam visões de vastos complôs. Neste cativante livro Robert Goldberg, ele se centra sobre as cinco maiores teorias de conspiração da metade do século passado, examinando como elas se tornaram populares nos EUA e porque elas são lembradas assim. Nas décadas seguintes, no pós-Segunda Guerra, as teorias de conspiração tornaram-se mais numerosas, mais comumente "acreditáveis", e mais profundamente incrustradas em nossa cultura, Goldberg afirma. Ele investiga as teorias de conspiração a respeito do incidente do UFO Roswell, a ameaça comunista, a ascensão do Anticristo, o assassinato do Presidente J. Kennedy, e o complô judaico contra a américa negra, em cada caso pega a situação histórica, social e política dentro do contexto. Teorias de conspiração não são meramente produtos de um bando de lunáticos, o autor demonstra. Ao contrário, a retórica paranoica e este tipo de pensamento estão de uma forma perturbadora no centro dos EUA atual. Com a validação da mídia e a disseminação de ideias de conspiração, e o comportamento do governo federal que prejudica a confiança pública e fé, o chão é fértil para o pensamento conspiratório."
Fica dado o aviso(já que é um tema que fere e muito a crença dos revimanés) que não há espaço pra pregação antissemita/racista na parte de comentários, aqui não é "casa da mãe Joana" ou "reduto pra lamúria "revisionista"", os avisos anteriores sobre corte de comentários racistas e imbecis continua válido e serão seguidos à risca, pra evitar que venham mentir com "choro" dizendo que estão "censurando" ou se está cortando espaço pra esse tipo de estupidez racista(antissemita), cretinice antissemita não é bem-vinda, quem simpatiza em cultuar ignorância e antissemitismo é só se dirigir diretamente as pocilgas antissemitas "revisionistas" pra extravasar esse tipo de ódio. Tolerâcia zero com baderna.

Ex-nazista é condenado à prisão perpétua por crimes de guerra

Nesta terça-feira, Josef Scheungraber, ex-comandante de infantaria do exército nazista de Hitler, agora com 90 anos, foi sentenciado a prisão perpétua. A pena é referente a participação de Scheungraber no assassinato de dez civis em um vilarejo em Toscana, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar do ex-militar negar as acusações, e alegar ter passado a guarda dos tais civis para outros militares alemãs, e não saber o que se deu com eles depois, um tribunal em Munique, condenou o idoso. O julgamento durou cerca de onze meses e aconteceu em um tribunal especial de guerras.

O crime aconteceu em 26 de junho de 1944, quando Scheungraber tinha 25 anos. Apenas uma testemunha prestou depoimento. Gino Massetti, que tinha apenas 15 anos na época, contou que soldados nazistas fuzilaram uma senhora de 74 anos e mais três homens. Ele aformou que mais onze pessoas foram presas.

O condenado, que vive há muitos anos em Ottobrunn, Munique, era tenente comandante de uma tropa de engenheiros de infantaria e chegou a receber homenagens de autoridades locais por seus feitos na segunda Guerra.

Fonte: Redação SRZD
http://www.sidneyrezende.com/noticia/50740+ex+nazista+e+condenado+a+prisao+perpetua+por+crimes+de+guerra

sábado, 8 de agosto de 2009

Richard Wagner e as fontes do nazismo

Reflexões sobre o antissemitismo do compositor alemão

Enquanto se escute música de Wagner, eu estarei presente
(palavras que Hans Jürgen Syberberg pôs na boca de Hitler, num filme alemão).

Richard Wagner

Tanto ou mais que por suas óperas, Richard Wagner aspirava ser julgado “pelo bem que elas fizeram à humanidade”, e segundo três coordenadas: como músico, literato e ideólogo. Em verdade, foi um músico genial; como escritor e dramaturgo, medíocre; como ideólogo, sinistro. Embora os judeus tivessem na Europa do século XIX numerosos inimigos, as razões não eram biológicas, senão de ordem religiosa, política, econômica.

A redenção por via da conversão foi possível ainda que feita pelos piores inquisidores. É Wagner quem introduz e extende a pretensão de que o judeu é intrinsecamente irremedível. Depois de uma juventude tempestuosa, onde participou de episódios que antecipam os métodos nazis – incendiar alguma casa “de má fama”, espancar entre muitos, a algum divergente –, e sofrer por certo tempo as hipotecas do álcool e do jogo, Wagner observou – meramente observou –, a revolução em Dresden(1849), espectáculo que lhe valeu o exílio. Sua confusa ideologia, a partir de então, vai tomando uma direção concreta, onde prevalecem o satânico orgulho e a tensão discriminatória. Desdenhava o latino: Paris lhe parecia fariséia, aborrecível, e odiava o italiano ao extremo a ponto de detestar 'Don Giovanni' de Mozart, ópera das óperas, por seu libreto em tal idioma. Em todos seus escritos não se achará referência alguma a Verdi – esteticamente seu par, mas cívica e moralmente seu antípoda.

Entre 3 e 6 de setembro de 1850, Wagner publicou, sob o pseudônimo de F. Freigedank, no Diário musical de Leipzig, que editava Franz Brendel, seu opúsculo “O judaísmo na música”. Ali negava ao judeu, fatalmente e definitivamente, toda possibilidade de criação artística, toda inventiva própria, toda espiritualidade. Vejamos: lhe “surpreende primeiro, seu aspecto exterior”, sempre “desagradável”. O judeu para Wagner, carece da “faculdade de expressar-se... (com) originalidade e personalidade... Com mais razão, uma manifestação semelhante seria impossível pelo canto”. Ou seja, nem pela palavra nem pelo canto e tampouco pela composição, pois “jamais possuiu uma arte própria”, e nunca conseguirá produzir música autêntica. O que o faz, sempre de “um caráter frio e indiferente, chegará até o ridículo e trivial”. Mendelsohn, por ex., como judeu rico, pode aprender mecanicamente as técnicas, mas no verdadeiramente profundo, no que toca as últimas fibras, só “se engana a si mesmo e a seu público de tediosos”. Assim mesmo, Heine “mentiu a si mesmo ao crer-se poeta”.

Como conclusão, Wagner advertirá piedosamente, aos judeus, “que existe um só meio de conjurar a maldição que pesa sobre eles: a redenção de Ahasverus: o Extermínio”. E não creia que são delírios juvenis. A instância de Cosima, o músico –sessentão – reeditaria seu panfelto a vinte anos depois. O editor Brendel, que havia sofrido moléstias a raíz daquela primeira publicação, foi desdenhado por Wagner, que –sempre ingrato–, até 1862, na Zewandhaus de Leipzig, fingiu não reconhecê-lo, o que “me divertiu [...] Minha conduta afetou muito ao que parece, ao pobre diabo” [...] Porque Wagner era sistematicamente mal-agradecido com seus benfeitores, inclusive Meyerbeer e Mendelsohn.

A seus amigos lhes arrebatava desde muito jovem, quase como um ritual, noivas e consortes. De suas amizades, muito poucas perduraram, mas sustentou e privilegiou a de seu real discípulo, o Conde Gobineau, cujo “desigualitarismo” ele contribuiu decisivamente a parir. Enquanto ao herdeiro intelectual de Gobineau, Houston Chamberlain, converteria-se em genro do músico. O sectarismo e racismo wagnerianos dão testemunhos, além de sua correspondência, suas memórias (Minha vida), e outros numerosos escritos. Mas, mais grave ainda, grande parte de seus dramas musicais. Por exemplo: uma raça inferior, feia e atroz, usurpa o ouro do mundo. Wotan deverá criar a outra raça, superior, de heróis loiros, atléticos, “dolicocéfalos”, que não conhecem o medo, manipularão a espada e enfrentarão aos outros. Haverá um holocausto final. E não se diga que o Parsifal é um regresso ao cristianismo. Ali há um mau cavaleiro, que como não consegue ser casto, se “disfarça” castrando-se. Mas nem ainda assim se redime porque é inerentemente perverso e – com justiça –, o rechaçam. Então, rancoroso e castrado(circunciso?)se converterá num inimigo demoníaco. E há mais exemplos ...

Se afirma em defensa de Wagner, que, morto meio século antes, não podia evitar que sua música ilustraria a saga do nazismo. Mas ocorre que o nazismo não só se apropriou de sua arte, como também de suas idéias. E em última instância, el numen criador daqueles horrores, chamou-se Richard Wagner. Tal como ele reclamava, julguemo-lo pelo que fez a Humanidade.

Dr. Horacio Sanguinetti
Reitor do Colégio Nacional de Buenos Aires

Fonte: Fundación Memoria del Holocausto (Argentina)
http://www.fmh.org.ar/revista/20/wagner.htm
Tradução: Roberto Lucena

Ainda sobre Richard Wagner, arquivo em .doc(word):
Ópera, cultura e nação: Richard Wagner na formação do orgulho nacional alemão

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os "Mischlinge"

Discussão sobre a definição dos Mischlinge - 02/11/1935

A discussão abaixo, de 02/11/1935 sobre o status dos "mestiços" (Mischlinge), ocorreu devido à diferença entre a opiniões do Ministério do Interior do Reich, e do Dr. Wagner, Chefe Médico Oficial do Partido Nazista.

O Dr. Lösener, Perito do em Assuntos Judaicos do ministério, descreveu a discussão no memorando abaixo, e suas propostas foram incorporadas à primeira regulamentação da Lei de Cidadania do Reich, de 14/11/35. É interessante o modo como a burocracia do III Reich debatia sobre o status dos "Mischlinge". Vários aspectos (sociais, econômicos, "raciais", militares, diplomáticos) foram levados em consideração.

Discussão sobre a definição dos Mischlinge [Mestiços]

Memorando dos peritos do Ministério do Interior.

Fonte: Henry Friedlander & Sybil Milton, Archives of the Holocaust, Vol. 20 (New-York 1993) pp. 73-82.

Ministério do Interior do Reich e Prússia

2 de Novembro de 1935

Re: os regulamentos para a Lei da Cidadania do Reich e a Lei para Proteção do Sangue Alemão

1.

Comparação dos pareceres do Dr. Wagner e do Ministério do Interior. O propósito do regulamento é a eliminação da raça mestiça pela criação das exigências mais severas possíveis para a proteção da pureza do sangue alemão, contanto que os interesses políticos do Reich e o povo possam suportar. Ambas as versões estão concordam que os um-quarto-judeus devem ser considerados como pertencentes ao lado alemão. Eles diferem, entretanto, no tratamento dos meios-judeus. Na visão do Dr. Wagner, os meios-judeus deverão pertencer ao lado judeu, enaquanto a versão do Ministério do Interior sugere uma definição de acordo com o estilo de vida. Assim, por exemplo, aqueles que pertençam à religião judaica ou são casados com judeus seriam incluídos entre os judeus, enquanto a maior parte dos meios-judeus seriam tratados como eles realmente são:Eles deveriam em alguns aspectos serem contados como alemães, e em muitos outros aspectos da vida - como diferentes. A versão do Dr. Wagner é baseada principalmente em considerações raciais-biológicas. Ela tem portanto a vantagem de contar como judeus uma proporção maior de meios-judeus que a versão do Ministério do Interior. Entretanto, como a perspectiva do Dr. Wagner não considera muitos outros aspectos, ela leva a certas desvantagens e perigos para o povo alemão, que são prevenidas pela abordagem do Ministério do Interior. Estas desvantagens deveriam ter mais peso que a consideração racial-biológica da versão do Dr. Wagner.

1. Riscos político-raciais. Um meio-judeu será considerado como um como um perigo maior que o judeu puro, porque além dos traços judaicos, ele também tem muitos traços alemães. Esse não é o caso do judeu puro. Os judeus do Reich (cerca de 600.000) ganhariam um reforço de 130.000 pessoas (200.000 são casados com alemães), isto é, mais de um quinto dos números presentes. Isto não só lhes acrescentaria em números, mas também em massa genética alemã...

2. Manter uma legislação de mestiços que conta meios-judeus como judeus afeta somente seu status legal e não muda a situação sociológica ou aquela que é definida pelo sangue. Estes últimos objetivos são de fato os objetivos reais da legislação. Os judeus rejeitarão os meios-judeus em muitos casos, ou o meio-judeu rejeitará sua inclusão nos judeus. Esta definição não pode ser imposta a eles. Isto cria uma situação especialmente perigosa, porque os meios-judeus não estão realmente incluídos no povo judeu, mas estão emperrados entre as duas raças. Os meios-judeus que não tem pátria tornam-se facínoras com todos os perigos que esta identidade implica. Sua inteligência e suas capacidades especialmente desenvolvidas, resultantes principalmente da criação cuidadosa, os transforma inerentemente em inimigos primeiros do estado. Na versão do Dr. Wagner, os alemães de nascimento que são casados com judeus e um-quarto-judeus seriam somados a esse grupo.

3. Mantendo a fonte de agitação. Os meios-judeus definidos como judeus não se deparam com praticamente nenhuma opção. Ao contrário dos judeus, eles dificilmente podem emigrar, porque os países estrangeiros os consideram como alemães e não como judeus. Eles dificilmente podem adquirir uma profissão na Alemanha, porque somente as profissões judaicas estão abertas a eles, e no treinamento vocacional eles seriam superados pelos judeus puros.

4. Considerações políticas e de defesa. Dos 200.000 meios-judeus, cerca de 100.000 são homens. 40-45.000 deles estão presentemente em idade de alistamento militar. Daqueles que sobram, aproximadamente 30.000 jovens em algum momento alcançarão aquela idade. Embora a versão do Dr. Wagner inclua meios-judeus que se casem com alemães no grupo a ser alistado, eles logo serão dispensados pelo exército por causa da sua idade avançada. Sua idade não lhes permite serem alistados para serviço ativo em nenhum caso. Aqueles que são solteiros, isto é, um grande número de jovens, não serão levados pelo exército de acordo com a versão do Dr. Wagner, assim como todos os jovens que um dia alcançarão idade de alistamento. O mesmo aplica-se a alemães puros casados com judias e a um-quarto-judeus.

5. Considerações Econômicas. a) Quanto mais ampla a definição da entidade judaica, mais as limitações dos judeus na economia por tratamento especial torna-se difícil.... b) Enquanto meios-judeus até agora têm sido expelidos somente de cargos na estrutura da Lei de Serviço Civil etc., a versão de Wagner os expeliria de cargos também no processamento da economia. Até agora eles têm mantido seus cargos por causa da falta de reposições apropriadas. Isto acrescentaria uma carga adicional à economia. c) a versão de Wagner implicaria que os meios-judeus, alemães contados como judeus e um-quarto-judeus, estariam incapazes de empregar domésticas alemãs. Isto totalizaria outras dezenas de milhares de domésticas a serem empregadas.

6. Separando famílias. Com ajuda da legislação, a versão de Wagner separa irmãos, de acordo com seu status, como solteiros ou como casados com alemães. A versão do Ministério do Interior evita esta situação indesejável, porque os critérios para definir meios-judeus como judeus são uniformes e aplicam-se para a família inteira. Isto será verdadeiro sem exceção para o critério referente à religião judaica. Mas mesmo a questão mais incomum do casamento de meios-judeus com judeus será somente aplicada quando a família inteira inclinar-se ao judaísmo.

O Problema de Meios-Judeus Veteranos. Será impossível, mesmo com a versão de Wagner, evitar a decisão do Führer e Chanceler do Reich de excluir os meios-judeus veteranos do exército que lutaram no front.De outra forma, nós nos encontraríamos numa situação onde meios-judeus que lutaram pela Alemanha no front seriam tratados pior que os judeus puros estrangeiros que lutaram contra a Alemanha, mas que hoje estão vivendo na Alemanha e são protegidos por tratados internacionais. Isto sem dúvidas daria uma arma importante à propaganda anti-alemã.

Aumento em suicídios. A maioria dos casamentos mistos são entre homens alemães e mulheres judias. As crianças (meio-) judias desses casamentos, entretanto, sentem que pertencem completamente à nação alemã pela sua educação, tradição familiar e fé cristã, e rejeitam o judaísmo. A carga mental de ser declarado judeu seria particularmente difícil e significante. Esperar-se-ia um crescimento agudo de suicídios por esta razão. O impacto de tais desenvolvimentos em países do exterior não seria recebido sem seriedade. .... A versão do Ministério do Interior de forma nenhuma inclui os meio-judeus no povo alemão. Ela os coloca no grupo dos mestiços (Mischlinge), não no grupo dos alemães. Ela trata esses meio-judeus que não serão definidos como judeus, como alemães somente com relação ao casamento, de forma a cumpria o objetivo central, que é o desaparecimento da raça mestiça tão cedo quanto possível. É somente a versão do Ministério que está de acordo com fatos raciais-biológicos: judeus são tratados como judeus, sangue mestiço é tratado como sangue mestiço e aqueles de sangue alemão são tratados como pessoas de sangue alemão. Esta versão fornece uma definição do judeu que não tem brechas. Ela inclui somente os meio-judeus que sem dúvida inclinam-se ao judaísmo como judeus. A criação de uma definição clara dos judeus que não precisaria ser ajustada no futuro é uma necessidade, porque esta definição afetará muitas áreas da vida e do status legal, e muitas agências governamentais diferentes terão que trabalhar com ela.

Fontes:
H-doc site
Lista H-doc
Do livro: Henry Friedlander & Sybil Milton, Archives of the Holocaust, Vol. 20 (New-York 1993) pp. 73-82.
Tradução: Marcelo Oliveira

Fotos de alguns Mischilinge no site do historiador e PhD Bryan Mark Rigg, autor do livro "Os soldados judeus de Hitler" que trata da história da questão dos alemães miscigenados(com "sangue judeu") dentro do regime racista nazista:
http://www.bryanrigg.com/jewish_soldiers_pics.htm

sábado, 1 de agosto de 2009

Partido alemão pró-Hitler planeja 'centro de treinamento'

por Allan Hall em Berlim
Quinta, 30 de Julho de 2009

O partido de extrema-direita Partido Nacional Democrático (NPD) desencadeou um ultraje com os planos para um "centro de treinamento" ao estilo do Terceiro Reich em uma pequeno município.

O mentor do esquema é Jürgen Rieger, um advogado e líder substituto do partido anti-imigrante e anti-UE que está submerso em orgulho a Adolf Hitler e das "conquistas" do regime nazista. A ideia é de tornar o velho Hotel Gerhus em Fassberg, próximo à Hanover, um lugar de peregrinação para devotos do NPD, onde eles possam aprender a respeito da "ameaça" da imigração, da "criminalidade" dos ciganos Roma e da "decência inata da lei e honra dos nacionalistas alemães".

O Sr. Rieger, 61, também tentou abrir um "centro de criação" ao estilo do centro do filme "Boys From Brazil"("Os Meninos do Brasil", filme de ficção da década de 70 baseado no livro homônimo, sobre um centro nazista na América do Sul de clonagem do líder nazista, comandado por Mengele) em outras locações; o plano é servir a todos os brancos, racistas arianos como ele mesmo para produzir descendência às pessoas do Quarto Reich, que ele acredita que está porvir.

O hotel abandonado foi à bancarrota 24 horas antes do Sr. Rieger assinar um aluguel por 10 anos com os propietários da "dívida escondida". O receptor, Jens Wilhelm, tinha esperança de ter concedida uma ordem esta semana para forçar os neonazis a sair da propriedade, mas uma corte rejeitou sua ação. Isto significa que o Sr. Rieger e o NPD ficarão lá até outra audiência da corte pode ser convocada.

Sua recusa em desistir de seu plano causa escândalo em Fassberg. A extrema-esquerda e grupos antinazi já estão prometendo marchas que inevitavelmente levarão à violência próxima dos 80 quartos da propriedade.

Uma mostra disso ocorreu no fim de semana quando tiros foram disparados próximos ao hotel e jovens de esquerda e direita se confrontaram com sprays de pimenta e bastões. A polícia mobilizou patrulhas por 24 horas.

Sr. Rieger está também tentando abrir um museu em Wolfsburg dedicado à Nazi organização de lazer "Strength Through Joy"(Resistência Através da Alegria).

O NPD tem certa de 7.000 membros e legisladores ocupam lugares em parlamentos regionais, mas nenhum no Bundestag.

Fonte: The Independente(Reino Unido)
http://www.independent.co.uk/news/world/europe/germanys-prohitler-party-plans-training-centre-1764700.html
Tradução: Roberto Lucena

Sobre o neonazista Jürgen Rieger, ele aparece(numa das fotos do post do link a seguir) ao lado do "revisionista"(negador do Holocausto) e também neonazista, Ernest Zündel, em julgamento por racismo(negação do Holocausto) na Alemanha: Advogada de neonazi condenada por negar Holocausto

O NPD é o partido neonazista(ou, como eles se autorotulam, "nacional-socialistas") da Alemanha.

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