quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eliminação de corpos em Auschwitz - O fim da negação - Parte 5 - Expansão do Campo

(todos os grifos do tradutor)
Mattogno e outros negadores muitas vezes argumentam que uma expansão planejada do campo para 200.000 foi o catalisador para o novo crematório. No entanto, o Bauleitung começou a negociar com as empresas para a construção de quatro crematórios em julho de 1942, enquanto que a primeira evidência do planejamento da expansão para 200.000 é no dia 15 de agosto.[80]
Conforme observado anteriormente, o planejamento da expansão do campo de Auschwitz, Auschwitz II para uma população de 125.000 foi anunciando pelo Bauleitung em Outubro de 1941. Ela coincidiu com o assassinato em massa de internos, especialmente prisioneiros de guerra soviéticos.(ver assunto entre as notas 45-53) No entanto, a primeira expansão planejada foi adiantada para 1º de março de 1941, antes do extermínio em massa dos POWs soviéticos. E passou para 130.000 prisioneiros. Na época, havia apenas 2 muflas duplas, ou quatro fornos em Auschwitz. O único plano complementar para fornos foi para outro fim, muflas duplas em setembro de 1941. Isso pode dar uma imagem fiel das reais necessidades de cremação do campo.[81]

A expansão planejada do campo para 200.000 pode não ter influenciado o Bauleitung para expandir a capacidade de cremação de 6 para 52 fornos. Como observado anteriormente, o memorando do Bauleitung de outubro de 1942 amarrou a construção de crematórios a “ações especiais”, tendo lugar (ver nota 55), sem qualquer planejamento de expansão. Além disso, a informação comparativa do campo de concentração de Mauthausen mostra que as autoridades de Auschwitz não teriam motivo para construir tantos fornos, mesmo com a expansão planejada.

Em 1942 Mauthausen teve uma redução de 50% na taxa de mortalidade dos prisioneiros registrados. Este percentual caiu para 15% em 1943. Em 1944 o campo de Mauthausen foi expandido a capacidade de 17.000 para 90.000, e teve um índice de mortalidade de 15% para o ano.[82] No entanto, o campo acrescentou apenas dois fornos a um já existente, em meados de 1944 para um total de três fornos. Do mesmo modo, em 1944 Gusen foi expandido de dois para três campos, mas não acrescentou nenhum forno.
Baseado nas informações de Mauthausen, Auschwitz não deveria ter expectativas superiores a 100.000 mortes anuais em uma população de 200.000 do campo, quando começou a construir os quatro novos crematórios em agosto de 1942. No entanto, não implicaria a taxa de mortalidade, os assassinatos em massa de prisioneiros registrados em curso, como em Mauthausen em 1942. A taxa de mortalidade anual mais razoável seria de 15% a 25% ao ano ou 30.000 a 50.000 para uma população do campo de 200.000. Mas isso significaria o assassinato de muitos prisioneiros. Seis fornos adicionais mais os seis fornos existentes em Auschwitz, poderiam ter facilmente capacidade suficiente para lidar com isso e muitas mortes anuais. Como observado anteriormente, a informação de Gusen mostra que um forno tinha a capacidade de incinerar 26 corpos por dia. Assim, 12 fornos tinham a capacidade de eliminar 300 corpos por dia. No entanto, como observado anteriormente, o Bauleitung já tinha ordenado 15 fornos adicionais em outubro de 1941. Quando adicionaram aos seis fornos existentes, havia mais capacidade para lidar com o número máximo de mortes que poderiam ser esperados na ausência de uma campanha de extermínio em massa. Até 50% da taxa anual de mortalidade de prisioneiros registrados no campo de Auschwitz com uma população de 200.000, facilmente poderiam ter sido tratados por 21 fornos. O argumento de Mattogno foi de que a elevada taxa de mortalidade que Auschwitz experimentou durante a epidemia de tifo foi conjugada com a expansão significativa da capacidade de cremação adicional de 46 fornos foi justificada. No entanto, o seu argumento assume que o Bauleitung estava esperando alguma coisa na ordem de 30.000 a 50.000 óbitos por mês, como resultado da presente proposta de expansão. Na realidade, o campo não teria sido capaz de funcionar sob estas circunstâncias e que a maioria certamente seria obrigada a acabar com a contínuas epidemias destas proporções.


As autoridades do campo devem ter imaginado que qualquer expansão iria acompanhar uma eventual colocação da epidemia de tifo sob controle. Em 15 de julho de 1942, doze dias após a epidemia de tifo ter atingido o campo, um memorando do Bauleitung afirma que, no momento a população do campo permaneceria em 30.000, embora eventual expansão não especificada seria esperada. Já em dezembro de 1942 não houve praticamente qualquer aumento da população do campo até 30.000. Os novos prisioneiros foram adicionados aos registrados existentes para substituir o trabalho de prisioneiros doentes que foram mortos pelas autoridades do campo. Pelo contrário, a população registrada do campo começou a aumentar em 1943, depois que a pior epidemia de tifo passou, e houve uma relativa diminuição substancial do número de mortes no campo. Em 31 de agosto de 1943 Auschwitz tinha 74.000 prisioneiros. Nos cinco meses, de abril a agosto de 1943 teve cerca de 10.300 mortes de prisioneiros registrados em Auschwitz. Embora alto, o número de mortes de prisioneiros registrados em 1943 compara muito favoravelmente com os 26.000 que morreram nos quatro meses, de julho a outubro de 1942.[82] Evidentemente, prisioneiros não-registrados foram levados para o campo para serem gaseados em massa durante a epidemia de tifo.
Fonte: The Holocaust History Project - http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

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