quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mais desonestidade de Mattogno

Mais uma vez gostaria de agradecer aos pesquisadores do The Holocaust History Project por disponibilizar os seus artigos para a tradução.

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/07/more-mattogno-dishonesty.html



No “livro”, dos “autores”[aspas do tradutor] Carlo Mattogno e Jurgen Graf tentam salvar a tese patética do “reassentamento” citando 2 transportes que foram mencionados por Christian Gerlach em uma citação do seu livro Kalkulierte Morde. A desonestidade da citação deles é de tirar o fôlego.

Os dois transportes aos quais se referem Graf e Mattogno e por eles são resumidos são estes, como segue:

Em 30 de maio de 1943, foi enviado um transporte para Bobruisk com 960 judeus, que haviam sido detidos no Gueto de Varsóvia. Em 28 de julho do mesmo ano, outro transporte de judeus de Varsóvia chegou a Bobruisk; uma parte dos deportados foram enviados para a Smolensk.


É evidente que à partir da citação original de Gerlach, no entanto, mostra que estes transportes não eram “reassentamentos”. Aqui está uma tradução de Roberto[Muehlenkamp] dos principais pontos:

O chefe de logística das Waffen SS e da Polícia Central da Rússia, SS-Standartenfhrer Georg Martin, teve a idéia de construir um campo de concentração e de trazer os judeus de Varsóvia. Assim, em 30 de maio 1942, 960 judeus homens, que, no dia anterior tinham sido detidos nos arredores do Gueto, foram transportados para Bobruisk. Em 28 de julho outro comboio de judeus vindo de Varsóvia chegou a Bobruisk; uma parte dos judeus foram enviados para a Smolensk. Em Bobruisk os judeus também tiveram que fazer trabalhos para a Wehrmacht. Em Setembro de 1943 regressaram para Lublin apenas 91 homens que viveram para ver à partir dos 1.500 deportados, enquanto todos os outros foram vítimas de constantes seleções, do trabalho, da fome e dos terríveis tratamentos. Além disso, houve eventualmente um ou outro transporte cujo reclusos foram fuzilados imediatamente após a chegada. Destes, possivelmente houve um transporte de judeus alemães. Neste contexto, temos alguns depoimentos, segundo os quais, entre 1942/43, houveram grandes assassinatos de judeus perto de Bobruisk, estima-se um número de 12000 a 15000 vítimas, existe interesse, mas não pode ser verificado aqui. Isso mostra o quanto estes eventos são ainda desconhecidos para nós.

Judeus poloneses também foram de comboio para Minsk. Em 31.7.1942, 1000 judeus de Varsóvia chegaram lá, eles iriam ser utilizados como mão-de-obra da força aérea na região de Minsk. Kube ameaçou destruí-los imediatamente além de todos os transportes inesperados. Não está claro no entanto se isso aconteceu.

É uma questão de fato que muitos judeus poloneses foram detidos em Trostinez, que aparentemente estavam sob a Organização Todt e dos quais cerca de 250 foram entregues para a gerência de construção da SS em Smolensk. Também no gueto de Minsk diziam que haviam judeus poloneses. O que não está claro é a forma como muitos comboios com judeus poloneses chegaram a Minsk.

Tudo isso aconteceu porque os judeus eram considerados pelas autoridades alemãs como unidades de força de trabalho que estavam disponíveis em todos os aspectos e poderiam ser deslocados, de certa forma privados de toda humanidade. Recordemos novamente a reinstalação dos trabalhadores forçados judeus dentro da Bielorússia ocidental, principalmente para a Organização Todt (ver capítulo 7.3a). Em 26 de maio de 1942 os judeus foram enviados para a Slonim Mogilev, das quais apenas 2 ou 4 voltaram mais tarde. De maneira similar, em 1942 os judeus de Lida Nowogrodek foram para Smolensk, e partir de Brest 900 judeus foram enviados para o Oriente em junho de 1942, apenas doze deles voltaram.



Há três características desta passagem, que, como Mattogno e Graf devem ter conhecido quando leram, e que contradiz categoricamente a tese de “reinstalação” dos “Negadores do Holocausto”:

Em primeiro lugar, os judeus que sobreviveram esta mão-de-obra ( "91 dos 1500 deportados") teriam "voltado para Lublin, em Setembro de 1943". A intenção não era reassentá-los na URSS.

Em segundo lugar, uma taxa de mortalidade de 94% corresponde claramente a um programa de genocídio (judeus trabalhando até à morte) e não reassentamento.

Em terceiro lugar, se apenas aqueles aptos a trabalhar eram enviados para estas áreas, o que aconteceu com o resto? A designação de mão-de-obra não foi para todos os que foram “reassentados”.

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