domingo, 5 de agosto de 2007

Testemunho de Albert Speer e Holocausto

Testemunho de Albert Speer
Tópico: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=2438044408984177223

Albert Speer,(1) um dos confidentes mais próximos de Hitler e Ministro de Armamentos do Terceiro Reich, o qual foi condenado a 20 anos de prisão no Julgamento de Nuremberg pelos maiores crimes de guerra alemães, numa declaração, jurada e assinada em Munique no dia 15 de Junho de 1977, depôs como se segue: (2)================================================

"O ódio aos judeus era o motor e ponto central de Hitler talvez até o mesmo elemento que o motivou. O povo alemão, a grandeza alemã, o Império, todos eles não significavam nada para ele em última análise. Por esta razão, ele desejava na sentença final de seu testamento, fixar para nós alemães, até depois da queda apocalíptica um miserável ódio aos judeus.

Eu estava presente na sessão do Reichstag(Parlamento Alemão)de 30 de Janeiro de 1939, quando Hitler nos assegurou que em caso de guerra, não os alemães, mas os judeus seriam aniquilados. Esta sentença foi pronunciada com tal certeza com a qual não eu não senti permissão de questionar sua itenção de levar isso adiante. Ele repetiu este aviso de suas intenções em 30 de Janeiro de 1942, num discurso que também conheço: A guerra não terminará, como os judeus imaginariam, pela extinção dos povos arianos europeus, e sim que isso resultaria na aniquilação dos judeus. Esta repetição de suas palavras de 30 de Janeiro de 1939 não era a única. Ele recordaria com freqüencia em sua jornada desta sua sentença.

Quando o discurso das vítimas dos bombardeios, particularmente depois dos ataques massivos a Hamburgo no Verão de 1943, ele reiterou diversas vezes que se vingaria dessas vítimas sobre os judeus; apenas como se o terror-aéreo contra a população civil simplesmente o satisfizesse daquilo no qual tratou como uma motivação substituta tardia para um crime decidido bem antes e emancipado sob diferentes camadas de sua personalidade. Apenas como se ele procurasse justificar seus próprios assassinatos em massa com essas observações.

Sempre e quando Hitler tinha surtos de ódio, havia ainda esperança para uma mudança para direções moderados. No entanto, era a firmeza e a frieza que faziam que seus rompantes contra os judeus que então convencessem. Em outras áreas quando ele anunciava decisões terríveis com uma voz fria e calma, aqueles ao redor dele, e eu mesmo sabíamos que as coisas haviam se tornado sérias agora(irreversíveis). E com apenas esta superiodade fria ele declarava também, quando almoçávamos ocasionalmente juntos, que ele havia acertado a destruição dos judeus da Europa.

No verão de 1944, o Distrito Líder da Baixa Silesia, Karl Hanke, fêz-me uma visita. Hanke havia se distinguido por seu valor nas campanhas Poloca e Francesa. Ele não era certamente uma pessoa de se assustar facilmente. No entanto era um momento particular, quando, naquela época, ele me contou de uma maneira chocante, que coisas monstruosas estavam acontecendo em campos de concentração de seu distrito vizinho, Alta Silesia. Ele disse que estava lá e nunca seria capaz de esquecer que atrocidades ele tinha presenciado ali. Obviamente, ele não mencionou qualquer nome, mas ele quis mencionar Auschwitz na Alta Silesia. Da agitação deste soldado de batalha experiente, eu pude concluir que algo não declarado se sucedia ali, e que isso podia fazer este velho líder do partido de Hitler a perder sua calma.

"O método de trabalho de Hitler era que ele dava inclusive importantes comandos a seus confidentes verbalmente. Também nas gravações de membros de minhas entrevistas com Hitler completamente perservados no Arquivo Federal Alemão(German Federal Archives) - havia numerosos comandos até em importantes áreas aos quais Hitler claramente deu por palavra oral apenas. No entanto isso se conforma com seu método de trabalho e não deve ser encarado como um descuido, de que não existe uma ordem escrita para o extermínio de judeus."

Aqueles internos judeus dos campos de extermínio que foram assassinados foi estabelecido na Corte(IMT), por testemunhos e documentação, e de fato o feito não é seriamente contestado por qualquer dos acusados. O discurso de Himmler antes dos líderes das SS de 4 de Outubro de 1943, ao qual claramente ilustraram os êxitos nos campos de extermínio, não foram desacreditados como falsificados pela defesa, como sucedeucom o Protocolo Hossbach.

Frank nunca disputou a genuidade de seu diário que por sua própria admissão, ele se entregou aos americanos na ocasião de sua detenção. O diário contém observações provando que os judeus que na Polônia estavam, a exceção de um restante de 100 mil, foram aniquilados. O acusado também aceitou aquelas declarações de Frank e a crítica foi limitada a estupidez da entrega deste diário de incriminação aos oponentes.

Schirach confirmou numa conversa confidencial já durante o julgamento, que ele estava presente no discurso que Himmler deu aos líderes de distrito em Posen(em 6 de Outubro de 1943), no qual Himmler claramente e inequivocadamente anunciou que a matança projetada dos judeus havia sido realizada em grande parte. Ele retornou a este tema, que pesou em sua mente também durante seu encarceiramento em Spandau.

Em seu endereçamento final a Corte, Goering falou dos sérios crimes os quais haviam sido revelados durante o julgamento e condenou as atrocidades dos assassinatos em massa que segundo ele escapava a sua compreensão. Streicher também condenou os assassinatos em massa de judeus em seu direcionamento final. Para Fritzche, também em seu pronunciamento final, o assassinato de cinco milhões era um terrível alerta para o futuro. Estas palavras do acusado apoiou minha contenção no Julgamento de Nuremberg de que tanto os acusados como também a defesa reconheceram como fato que assassinatos em massa de judeus haviam ocorrido.

Todavia o Julgamento de Nuremberg para mim hoje está parado como uma tentativa de romper-se a um mundo melhor. Todavia reconheço hoje como genericamente corretas as razões de minha sentença pelo Tribunal Militar Internacional. Por outra parte, eu ainda hoje considero como justo aquilo que assumi a responsabilidade e assim a culpa por tudo aquilo foi perpetrado daquela forma, falando genericamente, crime, depois de minha estrada no Governo de Hitler em 8 de Fevereiro de 1942. Não os erros individuais, sepulcro como eles podem ser, pois estão carregando minha consciência, mas por minha atuação na direção. No entanto, eu para minha pessoa, tenho no Julgamento de Nuremberg, confessado a responsabilidade coletiva e também estou mantendo isto até hoje. Todavia vejo que minha culpa principal reside na minha aprovação da persecução dos judeus e do assassinato de milhões deles."

(assinado)ALBERT SPEER

Munique,
15 de Junho, 1977

1 Speer is the author of his memoirs, Inside the Third Reich. NY: Touchstone Books, 1997.
1 Speer é o autor de suas memórias, 'Inside the Third Reich'(Por dentro do 3o Reich). NY: Touchstone Books, 1997.

2 This affidavit is in German and what follows is a duly certified translation. A facsimile of the original affidavit in German is included here as Appendix III.
2 Esta declaração está em alemão e o que segue é uma tradução(pro inglês)devidamente certificada. Uma cópia da declaração original em alemão está incluída aqui como Appendix III.

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Fonte: Suzman, Arthur e Denis Diamond. 'Six million Did Die'(Seis milhões Morreram). Johannesburg, 1978.

http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/speer.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação: no tópico original no final é digitado 'assassinato de milhares deles' ao invés de 'assassinato de milhões deles'(forma correta)por erro de revisão da tradução do original na época.

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